A fotografia de um militar ucraniano que atuava na evacuação de civis nas proximidades da capital Kiev viralizou por causa de símbolos associados ao nazismo [o SOL NEGRO] de Hitler presente em seu uniforme. A imagem registrada pela fotojornalista ucraniana Anastasia Vlasova passou a circular viralizando nas redes sociais depois de ser divulgada em uma postagem do Twitter do banco de imagens americano da agência Getty Images.
Sol Negro Nazista: o Símbolo Nazista usado por militares ucranianos em foto viral da guerra
Fonte: BBC-Londres
Ao anunciar a invasão do território ucraniano, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a operação militar visava, entre outros objetivos, a desnazificação da Ucrânia.
Para especialistas, ao acusar há anos o país vizinho de ser dominado por organizações nazistas, o líder russo mobiliza uma série de conceitos e eventos históricos na região que ajudariam a justificar para o mundo e especialmente para o povo russo as ações militares contra um povo igualmente eslavo.
Mas pesquisadores apontam que, apesar do avanço da presença de neonazistas nos últimos anos na Ucrânia (como ocorre em outros países), esses grupos não têm poder de decisão no governo ucraniano nem no Parlamento do país.
O símbolo acrescentado pelo militar ucraniano da foto ao seu uniforme é composto por dois círculos concêntricos e raios que partem do círculo menor para o maior. Segundo a Liga Anti-Difamação (entidade que combate o avanço do antissemitismo), este símbolo é usado em diferentes versões por diversas culturas ao redor do mundo, como os nórdicos antigos e os celtas, por isso “não se deve assumir que a maioria das imagens em torno desse símbolo denote racismo ou supremacismo branco”.
Mas, segundo a Liga Anti-Difamação, ele é bastante popular entre neonazistas por ser um dos “diversos símbolos europeus apropriados pelos nazistas em sua tentativa de inventar a idealizada herança ariana”. Em geral, a versão mais comum desse símbolo entre neonazistas tem uma suástica, mas esta não aparece no símbolo no uniforme do militar ucraniano presente na foto que viralizou.
Segundo a entidade Freedom House, o SOL NEGRO remete a movimentos ligados ao esoterismo e ao ocultismo de meados do século 19, e nos anos seguinte foi usada por diversas vertentes, como cultos satanistas ou neopagãos e organizações com traços esotéricos e praticantes de Magia Negra dentro do nazismo na Alemanha de Hitler.
Esse símbolo, por exemplo, estava presente em um dos salões principais do castelo de Wewelsburg, sede da S.S. (SchutzStaffel ou Tropa de Assalto – Schwarze Sohne / SOL NEGRO literalmente), a polícia nazista chefiada por Heinrich Himmler. “Mas ele voltou a se popularizar em 1991, com o livro Die Black Sun de Tashi Lhunpo [O SOL NEGRO de Tashi Lhunpo], de Russell McCloud (pseudônimo do jornalista alemão Stefan Mogle-Stadel). Desde então, neonazistas de vários países têm o usado ativamente como símbolo de lições do ocultismo nazista que alega conectar o nazismo a ‘saberes antigos secretos'”, explica a entidade.
Ainda segundo a Freedom House, na Ucrânia, o SOL NEGRO é frequentemente usado como uma marca da ideologia de extrema direita, “sem significados esotéricos” no país [claro e cristalino, É APENAS UM SÍMBOLO DECORATIVO…].
Por outro lado [falando a VERDADE], o SOL NEGRO é um dos símbolos usados pelo nazismo que fazem parte da insígnia do Batalhão Azov, uma milícia de direita formada por diversos indivíduos com passado de atividade em organizações neonazistas. O grupo ganhou notoriedade a partir de 2013, quando o quando o então presidente ucraniano Viktor Yanukovych, que comandava um governo pró-Rússia, cedeu à pressão de Putin e se recusou a assinar um pacto de aproximação do país com a União Europeia, algo que a maioria dos ucranianos desejava.
A decisão do presidente fez irromper protestos populares pelo país. Após meses de tensão, em 2014, Yanukovych fugiu para a Rússia e acabou deposto [pela CIA e DoD na revolução da Praça Maidan]. A Rússia retaliou a derrubada do aliado tomando a Crimeia e desencadeando uma rebelião no leste ucraniano na região de Donbas liderada por separatistas apoiados pela Rússia. Nesse período, algumas milícias, como o Batalhão Azov, passaram a atuar para repelir os separatistas russos.
A partir dali, o Batalhão [nazista] Azov e outros grupos considerados de extrema direita por especialistas, como o Partido Svoboda e Pravyi Sektor (Setor de Direita), montaram suas próprias milícias armadas, muitas das quais passaram a integrar forças regulares ucranianas [portanto passando a deixar de serem MILÍCIAS] como a Polícia de Patrulha para Operações Especiais da Ucrânia e a Guarda Nacional da Ucrânia, empregadas contra os separatistas pró-Rússia na região de Donbas.
Em artigo sobre o tema no jornal Folha de S.Paulo, dois pesquisadores do Observatório da Extrema Direita, Odilon Caldeira Neto (UFJF) e David Magalhães (PUC-SP/Faap), afirmam que “o abrigo institucional de uma sabida organização neonazista reforça a ideia de que a extrema direita atua como linha auxiliar do governo ucraniano”.
Mas mesmo que o governo que sucedeu o de Yanukovych tenha “dado espaço” a lideranças [nazistas] da extrema direita ucraniana, “sabe-se que os membros da extrema direita não exerceram poder de decisão a ponto de caracterizar o governo como neonazista”.
Com exceção do Svoboda, partidos de extrema direita raramente conseguem eleger parlamentares em distritos com um único representante, e nenhum de seus candidatos presidenciais garantiu mais de 5% dos votos em eleições nacionais.
O outro símbolo associado ao nazismo presente na insígnia do Batalhão de Azov é uma espécie de variação espelhada do símbolo Wolfsangel (gancho de lobo, em tradução livre). Segundo a Liga Anti-Difamação, acreditava-se que esse símbolo (que se assemelha a armadilhas contra lobos) tinha capacidade de afastar lobos e historicamente podia ser encontrado em diversos lugares da Alemanha, até também ser apropriado pela S.S. nazista (SchutzStaffel ou Tropa de Assalto – Schwarze Sohne / SOL NEGRO literalmente)
No caso ucraniano, o símbolo Wolfsangel invertido é usado pelo Azov e por diversas outras organizações de direita na Ucrânia, como o partido Svoboda, que significa “Liberdade”. Segundo a organização Freedom House, o símbolo é uma mistura das letras “I” e “N” (Ideia de Nação), mas algumas lideranças de organizações que usam esse símbolo, como o Patriota da Ucrânia, negam qualquer relação com o nazismo.
“Na Ucrânia, o símbolo da Ideia da Nação é usado apenas por organizações radicais de direita como um indicador de nacionalismo radical (neonazismo). Era o emblema do Partido Social-Nacional da Ucrânia (atual Partido Svoboda), da organização não governamental Patriota da Ucrânia e da Assembleia Social-Nacional. O Destacamento de Propósito Específico Azov (ou Batalhão de Azov) o usa como seu emblema, assim como estruturas relacionadas, como o ramo civil de Azov”, afirma a Freedom House.
Stepan Bandera e as origens das acusações de nazismo na Ucrânia
É impossível entender as referências feitas por Putin sem voltar algumas décadas na História. Se, por um lado, o modo como o Exército Vermelho, da União Soviética, combateu e derrotou as tropas nazistas alemãs na Segunda Guerra Mundial com um enorme custo de vidas de civis e militares russos, que ainda mobiliza o imaginário dos russos e seu orgulho nacional, de outro lado, a reação de ao menos parte dos seus vizinhos ucranianos em relação a Hitler segue sendo motivo de hostilidade entre russos e ucranianos.
Quando o exército nazista adentrou as áreas ucranianas, em 1941, uma parte da população optou por colaborar com os alemães, enquanto boa parte do país foi varrida por sofrimento e destruição. Mais de 5 milhões de ucranianos morreram combatendo os nazistas, que mataram a maior parte dos judeus ucranianos.
A ocupação alemã durou até 1944, e os ucranianos que se engajaram na cooperação com os alemães nazistas atuaram na administração local, se tornaram parte da polícia nazista ou viraram guardas em campos de concentração. O governo civil alemão nazista foi batizado de Reichskommissariat Ukraine, ou RKU, e compreendia o que hoje se divide entre o território da Ucrânia, Belarus e Polônia.
Uma das figuras mais proeminentes e controversas desse nacionalismo colaboracionista ucraniano foi Stepan Bandera, que primeiro atuou para facilitar o domínio dos nazistas na região e depois se voltou contra eles, quando percebeu que seu plano de independência para a Ucrânia [da URSS] não se concluiria. Bandera passou anos em um campo de concentração nazista e acabaria assassinado por um agente da KGB em 1959.
Por trás da colaboração com os nazistas, estava também o objetivo de independência de parte dos ucranianos e a crença de que os alemães poderiam ser o caminho para se livrar do líder soviético Joseph Stálin. Na região ucraniana da Galícia, depois de 2014, Bandera passou a ser cultuado como uma figura mítica, e o governo ucraniano incluiu-o entre os heróis da pátria. Para os ucranianos da maior parte do país, porém, é pouco mais que um símbolo.
“Bandera é considerado herói nacional porque se considera que sua aliança com os nazistas não se deu por afinidade ideológica, mas para lutar contra Stalin. Não se pode comprar a narrativa de que a Ucrânia é nazista, como afirma Putin, mas tampouco é possível dizer que o neonazismo no país seja insignificante”, afirmou Andrew Traumann, professor de Relações Internacionais do Centro Universitário Curitiba (UniCuritiba) e pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisa em Oriente Médio (Gepom), à BBC News Brasil.
“Essa referência a nazistas e neonazistas se tornou muito proeminente na mídia russa por volta de dezembro de 2013, porque, na época dos protestos da Praça Maidan, alguns dos manifestantes faziam coisas como hastear uma bandeira de (Stepan) Bandera, um nacionalista ucraniano que, temporariamente, durante a Segunda Guerra Mundial, cooperou com os nazistas para tentar buscar a independência ucraniana.
Há um segmento da população ucraniana que relembra aquelas tentativas de alcançar a independência ucraniana sob (Joseph) Stalin, aliando-se a Hitler, não como uma colaboração com o nazi-fascismo, mas como a atuação de patriotas ucranianos e heróis nacionais”, explicou à BBC News Brasil Brian Taylor, professor de Ciência Política da Syracuse University e autor de The Code of Putinism (O Código do Putinismo, em tradução livre).
*Com informações de Luiz Antônio Araújo, colaborador da BBC News Brasil em Porto Alegre, e Mariana Sanches, correspondente da BBC News Brasil em Washington.
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