Tecnocratas cospem em “caprichos populistas”, mesmo estando impulsionados pelos movimentos populistas para dominar o mundo, especialmente nos Estados Unidos. Quando, como e se os populistas descobrirem isso, haverá uma grande rebelião nas fileiras. NÃO existe bem comum para a humanidade, apenas o flagelo do chicote da ditadura científica. ⁃ Patrick Wood, Editor.
Fonte: ActivistPost
Em “Tecnocracia em Ascensão – Parte 4”, o Iluminismo Sombrio, o movimento Neorreacional (NRx) e o aceleracionismo foram expostos como as forças ideológicas por trás dos tecnocratas no governo Trump. Esta edição investiga como tecnocratas orientais e ocidentais estão criando sociedades utópicas de alta tecnologia que supostamente promovem o bem comum de todos.
Howard Scott, da Technocracy Inc., e seu alegre grupo de tecnocratas idealizaram um sistema de governo regional eficientemente administrado, incorporando uma extensão territorial de países tão ao sul quanto o Panamá e ao norte até o Canadá, conhecido como Tecnato Norte-Americano.
Isso tornaria ilegais políticos e burocratas e, em vez disso, favoreceria o governo de “especialistas” que empregariam tecnologia para gerenciar todos os aspectos da sociedade humana, resolvendo os complexos problemas da governança humana.
Ele o descreveu como um sistema “baseado unicamente em princípios científicos e fatos científicos incontestáveis, e que só pode ser conduzido segundo critérios científicos”. A governança constitucional e democrática daria autoridade a uma nova classe de técnicos, transformando o governo em um sistema automatizado, alimentado por quantidades insaciáveis de dados coletados sobre todas as pessoas e funções sociais.
“A administração política dos nossos assuntos nacionais é considerada pela Tecnocracia como totalmente inadequada e incompetente, independentemente de qual mafioso político a administre. A política e a extorsão financeira do Sistema de Preços são irmãs de sangue concebidas em eras de escassez, juntamente com o carro de bois, a foice, a enxada e a pá; e, como elas, tornaram-se obsoletas e devem ser relegadas à antiguidade histórica”. – Howard Scott, Discurso de Rádio, 6 de fevereiro de 1935 – WEVD, NY, The Words and Wisdom of Howard Scott, Vol. 1, Technocracy Inc., 1989
Tecnocratas modernos como Parag Khanna também acreditam que a democracia é uma relíquia do passado e que o que os Estados Unidos (e o mundo) precisam é de “mais tecnocracia — muito mais”. Em Technocracy in America: The Rise of the Info State, Khanna afirma ainda que:
“O caminho para chegar lá não é, idealmente, nem guerra nem revolução — nem um surto de tirania —, mas evoluir o sistema político americano em uma direção mais tecnocrática. O governo tecnocrático é construído em torno de análises especializadas e planejamento de longo prazo, em vez de caprichos populistas tacanhos e de curto prazo” (p. 7).
O planejamento de longo prazo de Khanna para alcançar uma governança tecnocrática começou a se acelerar na década de 1970 com o objetivo da Comissão Trilateral de desenvolver uma Nova Ordem Econômica Internacional.
A ascensão da China como potência econômica e a transição para a globalização podem ser diretamente atribuídas às iniciativas da Comissão Trilateral. Em 1933, [o judeu khazar] Harold Loeb, um devoto original da Tecnocracia Inc. (que eventualmente formou seu próprio Comitê Continental sobre Tecnocracia), escreveu em “Vida em uma Tecnocracia” que a governança tecnocrática era a única solução para os problemas do mundo.
Ele acreditava que ela era inevitável e que emergiria por meio de uma evolução combinada, lenta e gradual, e de uma revolução, por meio de um grande empurrão final quando as condições estivessem maduras. Dado o estado atual, parece que os Estados Unidos estão agora vivenciando esse empurrão revolucionário final.
Nesta sociedade de segurança, abundância material, igualdade e harmonia, o homem também teria o máximo de lazer. Como “não há virtude no trabalho humano”, o trabalho será realizado “pelo processo mais automático [uso intensivo da IA] que se possa conceber”. – Akin, William E. Tecnocracia e o Sonho Americano: O Movimento Tecnocrata, 1900-1941, University of California Press, 1977, pp. 145
O que Scott, Khanna e Loeb compartilhavam era a crença de que a tecnocracia é a única forma de governo capaz de produzir o bem ideal para todos. Eles acreditavam que, ao focar em ciência, automação, dados e vigilância, uma era de máxima eficiência, vida abundante e máximo lazer emergiria, apesar da necessidade de controle de cima para baixo e acúmulo de dados sobre todos e tudo, até os mínimos detalhes. O restante desta edição investigará se eles realmente conseguem cumprir suas promessas utópicas.

A Visão Globalista da Tecnocracia – para o Bem Coletivo de Todos
Imagine um mundo onde os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) sejam alcançados por meio de um controle centralizado cada vez maior. A revolução digital permite uma vigilância sem precedentes (mesmo enquanto você trabalha) e a direção de todos os sistemas sociais e ecológicos. Governos regionais emergem e impõem a gestão de cima para baixo de toda a atividade econômica por meio de uma relação simbiótica entre Estados, empresas multinacionais e ONGs.
Alguns monopólios corporativos (ou seja, grandes demais para falir) empregam enormes quantidades de dados sociais, comportamentais e até genéticos, juntamente com automação e poderosos sistemas de inteligência artificial (IA) para manter seu domínio sobre todos os setores e pessoas.
Neste mundo, a energia é distribuída por meio de enormes campos de energia solar concentrada. Fazendas familiares, antes prósperas, estão agora obsoletas, dando lugar a sistemas gerenciados por IA, robótica e enxames de drones chamados “agrobots”. A gestão de ecossistemas em tempo real produz produtos agrícolas abundantes sem prejudicar o meio ambiente. O forte desempenho econômico produz governos centralizados, serviços públicos e sistemas de bem-estar social que sustentam a receita.
Apesar da riqueza monetária e dos recursos abundantes produzidos, este mundo rigidamente controlado traz consigo compensações significativas. Direitos individuais e liberdades pessoais são sacrificados em prol de interesses coletivos e do “bem comum”. Nos bastidores, os governantes tomam o controle do discurso público, mas a maioria nem percebe.
Os cidadãos ignoram o quão autoritários os governos se tornaram, porque suas necessidades são atendidas pela estrutura de poder interligada entre Estado e corporações. Em tempos anteriores, essa fusão fascista foi resistida, mas nesta utopia imaginada, ela é vista simplesmente como uma forma pragmática de gerenciar um mundo complexo. Como a experiência da cidade inteligente de 15 minutos— onde tudo está interconectado o tempo todo — é muito conveniente e eficiente para obtenção do “controle total”, poucos se importam com a perda de privacidade, direito de livre escolha e de ir e vir.
A transformação digital permite que governos prevejam problemas sociais, controlem comportamentos, incentivem estilos de vida sustentáveis por meio de “empurrões” e “edição de escolhas” e identifiquem facilmente aqueles que criam desordem para discipliná-los.
Alguns reclamam do sistema “Big Brother”, alegando que as permissões de carbono não cobrem suas necessidades. Mas sua discordância é facilmente neutralizada. Em alguns países, grupos libertários tentam promover mudanças, mas os partidos políticos seguiram o caminho dos dinossauros, cedendo seu poder e autoridade à IA e a especialistas bilionários em tecnologia.
Esta pequena descrição pode soar como uma proposta de livro para o próximo grande romance de ficção distópica ou uma referência a obras angustiantes do passado, como o livro “1984” de George Orwell e “Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley.
No entanto, na verdade, descreve um mundo idealizado pela Agência Europeia do Ambiente (AEA), uma organização fundada em 1994 para apoiar a política ambiental europeia. A AEA tem 32 países-membros e 6 países cooperantes. Também trabalha em estreita colaboração com a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia.