Este artigo começa com um breve vídeo baseado em uma entrevista com a pesquisadora Sandi Adams, que descreve os planos para a agricultura inglesa no condado rural de Somerset, no sudoeste da Inglaterra, e no Reino Unido em geral. É um clipe importante porque o que ela descreve parece fazer parte de uma agenda mais ampla das Nações Unidas, transmitida por uma elite extremamente rica, irresponsável e não eleita, que não visam os interesses da maioria.
Fonte: Global Research – Por Colin Todhunter
Essa elite de psicopatas acha que pode fazer um trabalho melhor que a natureza ao mudar a essência dos alimentos e o núcleo genético do suprimento alimentar (por meio da biologia sintética e da engenharia genética) de toda a população em nome de ideais utópicos inexequíveis.
O plano também envolve a remoção de agricultores ds suas terras (fazendas sem agricultores, movidas por IA) e o preenchimento de grande parte do campo com parques eólicos e painéis solares em atendimento à implantação da distópica agenda “Emissão Zero CO²”. Embora o sistema alimentar tenha problemas que precisam ser resolvidos, essa agenda equivocada é uma receita para a insegurança alimentar, aumento do preço doa alimentos, pelas quais ninguém votou.
Em todo o mundo, da Holanda, Inglaterra, França à Índia, agricultores protestam. Os protestos podem parecer ter pouco em comum. Mas têm muito. Os agricultores estão cada vez mais encontrando dificuldades para sobreviver, seja, por exemplo, devido às políticas comerciais neoliberais que levam à importação de produtos que prejudicam a produção nacional e reduzem os preços, à retirada do apoio estatal, aumento de impostos e/ou à implementação de políticas de “Emissão Zero CO²” (os peidos das vacas) que estabelecem metas irrealistas.
O ponto em comum é que, de uma forma ou de outra, a agricultura está sendo deliberadamente impossibilitada ou econômico-financeiramente inviabilizada. O objetivo é expulsar a maioria dos agricultores da terra e impor uma agenda que, por sua própria natureza, parece propensa a gerar escassez de alimentos e minar a segurança alimentar.
Uma agenda global de “agricultura mundial única” está sendo promovida por entidades como a Fundação Gates e o WEF-Fórum Econômico Mundial. Ela envolve uma visão de alimentos e agricultura que vê empresas como Bayer, Corteva, Syngenta e Cargill trabalhando com a Microsoft, o Google e as grandes empresas de tecnologia para facilitar fazendas sem agricultores impulsionadas por IA, “alimentos” projetados em laboratório, carne sinrética, proteínas de insetos e o varejo dominado por empresas como Amazon e Walmart. Um cartel de proprietários de dados, fornecedores de insumos proprietários e plataformas de comércio eletrônico nos níveis mais altos da economia.
A agenda é fruto da imaginação de um complexo digital-corporativo-financeiro que busca transformar e controlar todos os aspectos da vida e do comportamento humano. Esse complexo faz parte de uma elite global autoritária que tem a capacidade de coordenar sua agenda globalmente por meio das Nações Unidas, do Fórum Econômico Mundial, da Organização Mundial do Comércio, do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional e de outras organizações supranacionais, incluindo think tanks e fundações influentes (Gates, Rockefeller, Open Society, etc.).
Sua agenda para alimentação e agricultura é eufemisticamente chamada de “transição alimentar”. Grandes empresas do agronegócio e fundações “filantrópicas” se posicionam como salvadoras da humanidade devido aos seus planos amplamente divulgados de “alimentar o mundo” com agricultura de “precisão” de alta tecnologia, agricultura “orientada por dados” e produção “verde” (emissões líquidas zero) – tendo a “sustentabilidade” como mantra.
Parte integrante dessa “transição alimentar” é a narrativa da “emergência climática”, um comentário que foi cuidadosamente construído e promovido (veja o trabalho do jornalista investigativo Cory Morningstar e a ideologia de “Emissão Zero CO²” vinculada à agricultura de carbono e ao comércio de carbono.
A “transição alimentar” envolve aprisionar os agricultores (pelo menos aqueles que permanecerão na agricultura) ainda mais em uma agricultura controlada por corporações, que extrai riqueza e atende às necessidades de mercado de corporações globais, esquemas Ponzi de comércio de carbono [ESG] e investidores e especuladores institucionais do cassino financeiro sem qualquer ligação com a agricultura, que consideram a agropecuária e a agricultura, as commodities alimentares e as terras agrícolas meros ativos financeiros. Esses agricultores serão reduzidos a agentes corporativos que extraem lucros e arcam com todos os riscos.

Essa comercialização predatória das terras férteis do campo usa premissas falhas e alarmismo climático para legitimar a implementação de tecnologias que supostamente nos livrariam do colapso climático e da catástrofe malthusiana.
Na sociedade em geral, também vemos o questionamento das narrativas oficiais ser desencorajado, censurado e marginalizado. Vimos isso com as políticas e a “ciência” que foram usadas para legitimar ações estatais relacionadas à COVID-19. Uma elite abastada financia cada vez mais a ciência, determina o que deve ser estudado, como deve ser estudado, como as descobertas são disseminadas e como a tecnologia produzida deve ser usada.
Essa elite tem o poder de interromper o debate genuíno e de difamar e censurar aqueles que questionam a narrativa dominante. O pensamento predominante é que os problemas que a humanidade enfrenta devem ser resolvidos por meio da inovação técnica determinada por plutocratas globalistas, em sua maioria psicopatas, e pelo poder centralizado.
Essa mentalidade altiva (ou arrogância absoluta) leva e é sintomática de um autoritarismo e tirania que busca impor uma série de tecnologias à humanidade sem supervisão democrática. Isso inclui vacinas autotransmissíveis, engenharia genética de plantas e humanos, alimentos sintéticos, geoengenharia e transumanismo.
O que vemos é um paradigma ecomodernista equivocado que concentra poder e privilegia a expertise técnico-científica (uma forma de excepcionalismo tecnocrático). Ao mesmo tempo, as relações históricas de poder (frequentemente enraizadas na agricultura e no colonialismo) e seus legados dentro e entre sociedades em todo o mundo são convenientemente ignorados e despolitizados. A tecnologia não é a cura para os impactos destrutivos da pobreza, desigualdade, desapropriação, imperialismo ou exploração de classe.
No que diz respeito às tecnologias e políticas implementadas no setor agrícola, esses fenômenos serão reforçados e ainda mais arraigados – e isso inclui doenças e problemas de saúde, que aumentaram significativamente como resultado da alimentação moderna que consumimos e dos agroquímicos e práticas já utilizadas pelas corporações que promovem a “transição alimentar”. No entanto, isso abre outras oportunidades de soluções tecnológicas lucrativas no setor de ciências da vida para investidores como a BlackRock, que investem tanto na agricultura quanto na indústria farmacêutica.

Mas em uma economia neoliberal privatizada que muitas vezes facilitou a ascensão de membros da elite rica e controladora, é razoável supor que seus membros possuem certas suposições sobre como o mundo funciona e deve continuar a funcionar: um mundo baseado na desregulamentação com supervisão limitada e na hegemonia do capital privado e um mundo liderado por indivíduos privados como Bill Gates, que acham que sabem mais do que o senso comum.
Seja por meio, por exemplo, do patenteamento de formas de vida, do comércio de carbono, da consolidação da dependência do mercado (corporativo) ou de investimentos em terras, suas políticas ecomodernas servem como cobertura para gerar e acumular mais riqueza e para consolidar seu controle.
Portanto, não é de se surpreender que pessoas poderosas que desprezam os princípios democráticos (e, por consequência, as pessoas comuns) acreditem que têm algum direito divino de minar a segurança alimentar, encerrar o debate, enriquecer-se ainda mais por cortesia de suas tecnologias e políticas e arriscar com o futuro da humanidade.
Para mais informações sobre as questões discutidas acima, você pode acessar os dois e-books gratuitos do autor sobre o sistema alimentar aqui e aqui . O renomado autor Colin Todhunter é especialista em desenvolvimento, alimentação e agricultura. Ele é pesquisador associado do Centro de Pesquisa sobre Globalização (CRG).