Ucrânia já perdeu cerca de 500 mil militares no conflito com a Rússia, diz conselheiro da RPD

Além do número de mortos, Yan Gagin chamou atenção para os feridos que ficarão incapacitados para sempre. A Ucrânia já perdeu cerca de meio milhão de militares desde o início da operação militar especial russa, em 24 de fevereiro de 2022. Segundo o conselheiro do chefe interino da República Popular de Donetsk (RPD), Yan Gagin, os números foram projetados por meio de inteligência, dados abertos e informações obtidas por fontes.

Chefe médica das forças da Ucrânia admite ‘grandes perdas’ na linha de frente de batalha

Fonte: Sputnik

“Podemos entender essas perdas a partir das informações de inteligência que recebemos de nossas fontes na Ucrânia, também há fontes públicas. Por exemplo, há apenas uma semana, talvez um pouco mais, na Ucrânia, uma das operadoras móveis (MTS-Ucrânia) postou um vídeo online informando que cerca de 400 mil clientes nunca mais atenderão o telefone“, disse Gagin.

Gagin explicou que o vídeo da operadora mostrava imagens de silhuetas de militares ucranianos que nunca mais ligariam ou receberiam uma ligação. Além disso, o número de 400 mil são dados de apenas uma das várias operadoras móveis na Ucrânia. Segundo Gagin, o vídeo foi imediatamente abafado e removido de todos os lugares, portanto, os números são verdadeiros.

“Houve outro momento em que o secretário-geral da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte], Jens Stoltenberg, em uma reunião do Parlamento Europeu, quando questionado sobre a morte de mais de 500 mil militares na Ucrânia, não respondeu nada, mas disse que [eles, a OTAN] não prometeram que seria fácil. Ou seja, ele confirmou com seu silêncio o número. Portanto, o número de cerca de meio milhão de ucranianos que morreram durante o conflito com militares russos, acho que está próximo da verdade”, enfatizou Gagin.

Ele lembrou que esses dados não levam em consideração as perdas representadas pelos feridos. Entre eles, estão tanto os que retornarão à frente de combate, quanto os que ficarão incapacitados e não poderão mais lutar e/ou voltar a ter uma vida normal

“E, aqui, os desaparecidos não são levados em consideração. Este também é um número muito grande dado o número de mortos. Ou seja, devemos compreender que a Ucrânia não só tem agora uma crise de recursos de recrutamento, mas está perto de uma simples repartição demográfica”, acrescentou o conselheiro do chefe interino da RPD.

Chefe médica das forças da Ucrânia admite ‘grandes perdas’ na linha de frente de batalha

Em entrevista, Alina Mikhailova diz que não há perspectiva de vitória ucraniana nem daqui a um ano. A Chefe do serviço médico da unidade nacionalista “Lobos de Da Vinci”, das Forças Armadas da Ucrânia, Alina Mikhailova falou nesta terça-feira (12) sobre a difícil situação dos soldados ucranianos na frente de batalha.

“Estamos sofrendo grandes perdas. Não há romance nisso. O que está acontecendo no front agora é algo que você não lerá nas notícias”, disse ela, em entrevista à mídia ucraniana.

Mikhailova acrescentou que, pela primeira vez na vida, estava pronta para desistir de absolutamente tudo e conversar com qualquer pessoa para que seu batalhão sobrevivesse. Ela também admitiu que não há perspectivas de vitória ucraniana em um futuro próximo.

“A população fica muito tranquila com declarações de que hoje ou amanhã haverá vitória. Não vai acontecer nem hoje, nem amanhã, nem, infelizmente, daqui a um ano”, concluiu Mikhailova.

As Forças Armadas da Ucrânia conduzem uma contraofensiva em Donetsk, Artyomovsk (Bakhmut, em ucraniano) e Zaporozhie há quatro meses, lançando em combate brigadas treinadas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e armadas com equipamento militar ocidental. No entanto, não conseguiram obter sucesso em nenhum setor da frente de combate.

Como disse o presidente russo, Vladimir Putin, a contraofensiva das Forças Armadas da Ucrânia não está apenas estagnada, mas falhou. Especialistas da mídia e militares dos Estados Unidos e da Europa também argumentam que a campanha das autoridades de Kiev acabou sendo um fracasso e observam a eficácia dos campos minados russos.

Segundo o Ministério da Defesa russo, no início deste mês, durante a contraofensiva, o Exército ucraniano perdeu pelo menos 66 mil pessoas e 7,6 mil equipamentos, incluindo tanques Leopard alemães e AMX franceses, veículos de combate de infantaria americanos Bradley e, recentemente, veículos de combate britânicos Challenger 2.


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