Segundo um oficial de segurança russo, a informação veio de prisioneiros de guerra ucranianos. As forças ucranianas começaram os preparativos para atacar locais de armazenamento de resíduos nucleares numa central elétrica russa com ogivas radioativas ‘sujas’ e depois culpar a Rússia, de acordo com informações recebidas pelos militares russos.
Fonte: Rússia Today
As forças de Kiev já atacaram a Central Nuclear de Zaporozhye (NPP), a maior da Europa, e iniciaram um incêndio numa das torres de arrefecimento, ao mesmo tempo que acusaram a Rússia de se auto bombardear.
“Fontes do outro lado relatam que os ucranianos estão preparando um ataque de falsa bandeira nuclear – a explosão de uma bomba atômica suja”, disse o jornalista militar Marat Khairullin na sexta-feira em seu canal Telegram. “Eles planejam atacar os locais de armazenamento de combustível nuclear irradiado de uma usina nuclear russa.”
As ogivas especiais destinadas ao ataque já foram entregues à instalação de mineração e processamento de Vostochny em Zhovti Vody, na região de Dnepropetrovsk, na Ucrânia, segundo Khairullin.
Como possíveis alvos do ataque, Khairullin indicou a central nuclear de Zaporozhye em Energodar ou a central nuclear de Kursk em Kurchatov, observando que o governo ucraniano e os seus apoiantes ocidentais estão “desesperados e dispostos a tentar qualquer coisa”.
Um oficial de segurança da Administração Militar Russa da Região de Kharkov corroborou a afirmação de Khairullin à RIA Novosti na sexta-feira. O ataque pretende usar ogivas radioativas para atingir locais de armazenamento de combustível irradiado em uma usina nuclear, e a munição já foi entregue a Zhovti Vody.
A intenção de Kiev é acusar Moscou de falsa bandeira para justificar o uso de armas nucleares contra a Ucrânia, disse o oficial de segurança. O governo ucraniano recebeu ordens dos seus apoiantes ocidentais para “aumentar o máximo possível” a pressão, acrescentou. Segundo o oficial de segurança, a inteligência foi obtida de prisioneiros de guerra ucranianos.
A RIA Novosti também citou Sergey Lebedev, apresentado como líder da clandestinidade da região de Nikolaev, que disse que o ataque planeado seria realizado com armas da NATO, com o consentimento do Ocidente.
“Os banderistas [nazistas ucranianos] estão planejando realizar um ataque com mísseis com armas da OTAN nas usinas nucleares de Kursk e Zaporozhye em um futuro próximo”, disse Lebedev à agência. “As agências de inteligência ocidentais, principalmente britânicas, estão supervisionando o ataque terrorista. Mísseis de longo alcance não voam sem o seu conhecimento.”
“Um meio de comunicação estatal russo, citando autoridades policiais russas, relata que as Forças Armadas Ucranianas estão planejando detonar uma bomba nuclear suja e os alvos potenciais são locais de armazenamento em usinas de energia“.
Lebedev destacou que um grande número de jornalistas ocidentais já chegou à região de Sumy, perto de Kursk, bem como à parte de Zaporozhye controlada pela Ucrânia, sugerindo que isso faz parte dos preparativos de Kiev para ‘documentar’ o ataque de falsa bandeira nuclear.
Moscou insta ONU e AIEA a condenar planejadas provocações de Kiev nas usinas nucleares da Rússia
A chancelaria russa disse que a Ucrânia prepara ações de provocação na usina nuclear de Kursk, Rússia, e que é necessário agir contra elas.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou neste sábado (17) as organizações internacionais, especialmente as Nações Unidas e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), para condenar os preparativos de Kiev para realizar provocações nas instalações nucleares russas.
“De acordo com as informações recebidas, o regime de Kiev começou a preparar um ataque à usina nuclear de Kursk”, anunciou o órgão do governo russo. Pedimos às organizações internacionais, especialmente à ONU e à AIEA, que condenem imediatamente as ações provocativas que estão sendo preparadas pelo regime de Kiev e impeçam a violação da segurança nuclear e física da usina nuclear de Kursk, o que poderia resultar em um desastre radioativo em grande escala na Europa”, apontou Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
A declaração sublinha que tais medidas de Kiev “criam não apenas uma ameaça direta às usinas nucleares, mas também minam os postulados da AIEA sobre segurança nuclear e proteção nuclear, formulados em 2022 por Rafael Grossi, chefe da agência”.
“Toda a comunidade internacional deve se dar conta do perigo que o regime neonazista de Kiev representa para o continente europeu. As tentativas de intimidar e aterrorizar regiões inteiras e a comunidade internacional como um todo devem ser resolutamente combatidas com esforços conjuntos”, deixou claro o comunicado de Zakharova.
Grossi, por sua vez, expressou sua disposição de avaliar a situação e visitar a usina nuclear de Kursk devido à proximidade das operações militares com a usina, disse a AIEA à Sputnik. Além disso, o chefe da entidade expressou preocupação com a segurança das usinas nucleares, incluindo Zaporozhie, onde está presente uma missão da AIEA.