O principal aeroporto de Israel foi atingido por um míssil balístico disparado pelos rebeldes houthis do Iêmen na manhã desse domingo. O míssil atingiu um bosque perto de uma estrada de acesso dentro do perímetro do Aeroporto Ben Gurion, perto de Tel Aviv. Reportagens da mídia sugerem que pelo menos seis pessoas ficaram feridas.
Fonte: Rússia Today
As IDF confirmaram que não conseguiram interceptar um míssil que caiu no aeroporto Ben Gurion, perto de Tel Aviv.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram que não conseguiram interceptar o míssil, apesar de várias tentativas. “Um impacto foi identificado na área do Aeroporto Ben Gurion”, informou a IDF em uma publicação no Telegram. A Força Aérea Israelense está investigando a falha.
Os Houthis, que controlam o oeste do Iêmen, incluindo a capital e o porto de Hodeida, lançaram uma série de drones e mísseis contra navios comerciais que cruzavam o Mar Vermelho e contra alvos em Israel no último ano, com o objetivo de pressionar Jerusalém Ocidental por sua operação militar em Gaza.
Israel lançou a campanha após um ataque mortal do grupo militante palestino Hamas em outubro de 2023. Os Houthis disseram que interromperiam os ataques se Israel interrompesse sua operação em Gaza.
Israel não lançou ataques contra o Iêmen em resposta aos ataques dos houthis. Os EUA, no entanto, iniciaram ataques aéreos e navais contra alvos houthis em março, citando ameaças à navegação no Mar Vermelho. Na semana passada, o presidente americano Donald Trump ordenou ao Pentágono que intensificasse os ataques no Iêmen e alertou que os houthis seriam “completamente aniquilados” se continuassem com os ataques. O Reino Unido também participou dos ataques, com o Ministério da Defesa afirmando que o alvo era uma instalação controlada pelos houthis.
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, acusou o Irã de armar os houthis e alertou que haveria consequências. Teerã negou as acusações. Os EUA, no entanto, anunciaram sanções abrangentes aos países que compram petróleo ou petroquímicos iranianos na quinta-feira, citando o suposto papel de Teerã em alimentar conflitos no Oriente Médio, entre outras coisas.
A Rússia instou Washington a suspender seus ataques ao Iêmen. Em um telefonema em março com o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, o Ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, pediu o fim imediato do uso da força e instou todas as partes a se engajarem em um diálogo político.
04 de maio de 2025, 12:22 GMT: Tanto o sistema de defesa aérea de longo alcance Arrow da Força Aérea Israelense quanto o sistema THAAD fornecido pelos EUA falharam em interceptar o míssil Houthi que atingiu o Aeroporto Ben Gurion, informou a mídia local, citando fontes de defesa.
Washington implantou o sistema THAAD em Israel no ano passado em meio a tensões crescentes com o Irã. A IDF afirmou estar investigando o incidente.
12:22 GMT: Os Comitês de Resistência Palestina, um grupo de facções militantes palestinas que se opõem à Autoridade Palestina e ao Fatah, chamaram o ataque com mísseis iemenitas de um golpe no que eles descreveram como a “falsa ilusão de segurança” promovida pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Em um comunicado, o grupo disse que o ataque também demonstrou “o fracasso da agressão americana ao querido Iêmen”.
11h59 GMT: Abu Obeida, porta-voz das Brigadas al-Qassam, o braço armado do Hamas, elogiou o ataque com mísseis iemenitas ao Aeroporto Ben Gurion.
“Glória ao Iêmen, país equivalente da Palestina, que continua a desafiar as forças mais brutais da opressão e se recusa a se submeter ou ser derrotado, apesar da agressão a que é submetido”, disse Obeida. “O Iêmen intensifica seus ataques ao coração da entidade sionista deformada, superando os sistemas mais avançados do mundo para atingir seus alvos com precisão”, acrescentou.
11h58 GMT: Os EUA atacaram campos de treinamento houthis na região de Khamis Bani Saad, na província de Al Mahwit, a noroeste da capital iemenita, Sanaa, no domingo, informou a Al Arabiya, citando fontes. Os ataques teriam resultado em dezenas de vítimas.
11:50 GM: TUma foto mostra forças de segurança israelenses examinando uma grande cratera no local onde o míssil Houthi atingiu o território israelense, dentro do perímetro do Aeroporto Ben Gurion.
10:58 GMT: O jornalista e analista político israelense Amir Oren disse à RT que, embora os israelenses não estejam com medo, o ataque de domingo no Aeroporto Ben Gurion deixou muitos “preocupados”.
Ele disse que mísseis houthis já haviam atingido Israel antes e foram amplamente repelidos pela defesa aérea, mas a proximidade deste último ataque a um importante local estratégico alarmou o público. “Eles estavam complacentes devido ao sucesso até agora”, disse ele.
Oren acrescentou que Israel poderia considerar atacar o Irã em resposta, já que tanto Jerusalém Ocidental quanto Washington acusam Teerã de armar os Houthis, alegação que as autoridades iranianas negam. “[Os EUA] já realizaram mil missões contra os Houthis, causando alguns danos, mas sem conseguir impedi-los de lançar seus ataques”, disse ele. “Portanto, o próximo alvo provável poderia ser o Irã, patrocinando o Iêmen, mas isso exigiria uma decisão coordenada com Washington.
10:55 GMT: Israel está considerando um ataque direto ao Iêmen em resposta ao ataque houthi desta manhã ao Aeroporto Ben Gurion, segundo a mídia local, citando uma autoridade de defesa. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deve realizar uma consulta sobre segurança ao meio-dia para discutir uma possível resposta.
10:30 GMT: A companhia aérea espanhola Air Europa e a companhia aérea de baixo custo húngara Wizz Air cancelaram voos para Israel após o ataque com mísseis ao Aeroporto Ben Gurion. Elas se juntaram a outras companhias aéreas, incluindo Lufthansa, Air France, Austrian Airlines e Swiss Air Lines, que suspenderam os voos para o país no início desse domingo.
10:14 GMT: O jornalista local Nick Kolyohin disse à RT que o míssil atingiu perto de um avião que se preparava para decolar enquanto os passageiros embarcavam, ferindo várias pessoas.
“As pessoas não tiveram tempo suficiente para correr para se abrigar”, disse ele, acrescentando que, embora os israelenses estejam acostumados com sirenes de ataque aéreo, “desta vez, o sinal estava muito perto deles”.
Kolyohin disse que o ataque chocou muitos, observando que o Ben Gurion é o principal aeroporto internacional de Israel e uma instalação fortemente protegida. Ele disse que foi pura sorte o míssil não ter atingido diretamente uma aeronave, pois poderia ter causado uma tragédia com centenas de vítimas
