Os militares dos EUA estão conduzindo pesquisas biológicas, com o objetivo de descobrir novas bactérias e vírus prejudiciais, feitos sob medida geneticamente para infectar determinadas raças, nacionalidades e, mesmo, residentes de regiões específicas, afirmou Igor Korotchenko, analista militar e editor-chefe da National Defense Magazine, em entrevista à Sputnik.

Fonte: Sputnik

Mirando nos russos e livrando os americanos: quais armas biológicas com alcance ganético específico o Pentágono está desenvolvendo?

O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, na sigla em inglês) divulgou nesta sexta-feira (27) que o espião estadunidense condenado Eugene Spector havia coletado e transmitido dados biotecnológicos de russos ao Pentágono, a fim de ajudar a criar um sistema de triagem genética  de alta velocidade.

A intenção do Pentágono é desenvolver uma arma biológica que afete somente e especificamente os russos, mas permaneça inofensiva para os ocidentais, disse Korotchenko. Para isso, os EUA precisam coletar biomateriais e amostras genéticas de vários grupos étnicos que vivem na Rússia.

“[Eugene Spector] ajudou os ramos biológicos militares do Pentágono a coletar e transferir amostras relevantes, com o objetivo de identificar possíveis vulnerabilidades no código genético de determinadas categorias da população russa”, explicou Korotchenko.

Os serviços de contrainteligência russos estão cientes das atividades de pesquisa biológica genética do Pentágono na Rússia, que estão sendo impedidas ativamente, observou o especialista.

O tenente-general Igor Kirillov, chefe das Tropas de Defesa de Radiação, Química e Biológica das Forças Armadas da Rússia, já havia exposto o sofisticado programa de armas biológicas do Pentágono operando na Ucrânia, agora transferido para a África.

Em agosto, Kirillov revelou que, antes de 2022, os EUA haviam obtido até 16 mil amostras de material biológicos da Ucrânia, com o intuito de desenvolver bactérias e vírus perigosos geneticamente para os ucranianos e russos étnicos.

O general Kirillov foi assassinado em um atentado à bomba no dia 17 de dezembro. Investigadores russos afirmaram que o ataque terrorista foi realizado por ordem dos serviços especiais ucranianos.

O Ministério da Defesa russo relata que as autoridades norte-americanas planejam criar, dentro de um ou dois anos, um centro para diagnóstico de doenças, testes de produtos médicos, estudo de patógenos perigosos e mecanismos de suas mutações, além do desenvolvimento e teste de vacinas modernas. Para tanto, os EUA já alocam recursos de US$ 5 a US$ 10 milhões (R$ 40 a R$ 62 milhões) e podem expandir o financiamento em até US$ 20 milhões (R$ 124 milhões).

De acordo com os dados do ministério, Washington DC criou um sistema de controle para gerenciar riscos biológicos em outros países. Ele foi testado com sucesso na Ucrânia e na Geórgia e agora está sendo usado ativamente no continente africano.

O sistema tem como objetivos: a obtenção de patógenos em áreas endêmicas e focos naturais; o controle e o gerenciamento da situação biológica para benefício próprio; e a análise da situação epidêmica ao longo das fronteiras dos adversários geopolíticos nas áreas planejadas para a implantação de contingentes militares.