O Livro (Etíope) de Enoch, Anjos Caídos, Anunnaki, Nephilim e os Vigilantes (14)

Introdução: Este livro teve como base a tradução acadêmica de Michael A. Knibb do Manuscritos etíopes, (The Ethiopic Book of Enoch, Oxford University Press), que acredito ser a melhor tradução disponível atualmente. Eu ouvi pela primeira vez sobre o Livro de Enoch alguns anos atrás, quando eu estava pesquisando sobre as profecias do “Fim dos Dias”. Quando eu finalmente consegui ter uma cópia em minhas mãos, descobri que era um livro extraordinário e incomum. A primeira vez que o li fiquei cético e um tanto perplexo; eu me perguntei quem teria escrito um livro tão estranho como este.

O Livro (Etíope) de Enoch, Anjos Caídos, Nephilim e os Vigilantes

Fonte: The Ethiopic Book of Enoch – Oxford University Press

14) AS REVOLUÇÕES DAS LUMINÁRIAS DOS CÉUS

72.1 O Livro das Revoluções das Luminárias dos Céus. Cada uma como é; de acordo com seus tipos, seu período de regência e suas épocas, de acordo com seus nomes e lugares de origem, e de acordo com seus meses. Que Uriel, o Santo Anjo que estava comigo, que é seu líder, me mostrou. E ele me mostrou todas as suas leis [das luminárias], exatamente como são, para cada ano do mundo e para sempre, até que a nova criação seja feita que durará para sempre.

72.2 E esta á a Primeira Lei das Luminárias. A luminária chamada Sol; seu nascente é nos Portais dos Céus que estão a leste, e seu poente nos Portais dos Céus a oeste.

72.3 E eu vi seis Portais dos quais o Sol nasce, e seis Portais nos quais o Sol se põe e, a Lua também nasce e se põe nesses Portais, e os líderes das estrelas junto com aquelas a quem eles lideram. Há seis no leste e seis no oeste, todos exatamente no seu lugar, um em seguida ao outro; e há muitas janelas ao sul e ao
norte desses Portais.

72.4 E primeiramente ali nasce a grande luminária, chamada o Sol, e seu disco é como o disco dos Céus, e ele é totalmente cheio de um fogo que dá luz e calor.

72.5 O vento impulsiona as carruagens nas quais ele ascende, e o Sol desce no céu e volta através do norte de maneira a alcançar o leste, e é guiado de tal maneira que ele chega ao Portal apropriado e brilha no céu.

72.6 Desta maneira ele nasce no primeiro mês, no grande Portal, a saber; ele nasce através do quarto daqueles seis Portais que estão a leste.

72.7 E naquele quarto Portal, através do qual o Sol nasce no primeiro mês, estão doze aberturas como janelas das quais, quando estão abertas, saem chamas.

72.8 Quando o Sol nasce nos Céus ele sai através daquele quarto Portal por trinta dias, e exatamente no quarto Portal, a oeste dos Céus, ele se põe.

72.9 E naqueles dias, o dia se torna a cada dia mais longo, e a noite a cada noite mais curta, até a trigésima manhã.

72.10 E naquele dia o dia se torna mais longo que a noite em duas partes (2/18), e o dia corresponde a exatamente dez partes, e a noite corresponde a oito partes.

72.11 E o sol nasce daquele quarto Portal, e se põe no quarto Portal, e volta ao quinto Portal no leste por trinta manhãs; e nasce dele e se põe no quinto portal.

72.12 E então o dia se torna mais longo em duas partes (2/18), e o dia corresponde a onze partes, e a noite se torna mais curta e corresponde a sete partes.

72.13 E o Sol volta para leste e vem para o sexto Portal, e nasce e se põe no sexto Portal por trinta e uma manhãs, por causa do seu signo [zodiacal].

72.14 E naquele dia o dia se torna mais longo que a noite, e o dia se torna o dobro da noite, e o dia corresponde a doze partes, e a noite se torna mais curta e corresponde a seis partes.

72.15 E o Sol nasce para fazer o dia mais curto, e a noite mais longa, e o Sol volta para o leste e entra no sexto Portal, e nasce dele, e se põe, por trinta manhãs.

72.16 E quando trinta manhãs foram completadas o dia se torna mais curto, de exatamente uma parte (1/18), e o dia corresponde a onze partes, e a noite a sete partes.

72.17 E o Sol sai do oeste, através daquele sexto Portal, e vai para o leste, e nasce no quinto Portal por trinta manhãs e se põe no oeste novamente, no quinto Portal no oeste.

72.18 Naquele dia o dia diminui em duas partes (2/18), e o dia corresponde a dez partes, e a noite a oito partes.

72.19 E o Sol sai daquele quinto Portal, e se põe no quinto Portal no oeste, e nasce no quarto Portal por trinta e uma manhãs por causa de seu signo, e se põe no oeste.

72.20 Naquele dia o dia se torna igual à noite, e é de igual duração; e a noite corresponde a nove partes, e o dia a nove partes.

72.21 E o Sol nasce daquele Portal e se põe no oeste, e volta ao leste, e nasce no terceiro Portal por trinta manhãs, e se põe no oeste no terceiro Portal.

72.22 E o Sol nasce daquele terceiro Portal, e se põe no terceiro Portal no oeste, e volta ao leste; e o Sol nasce no segundo Portal no leste por trinta manhãs, e da mesma maneira, se põe no segundo Portal, no oeste dos Céus.

72.24 E naquele dia a noite corresponde a onze partes e o dia a sete partes.

72.25 E o sol nasce, naquele dia, do segundo Portal, e se põe no oeste no segundo Portal, e volta para o leste para o primeiro Portal por trinta e uma manhãs, então se põe no oeste no primeiro Portal.

72.26 E naquele dia a noite se torna mais longa, e se torna o dobro do dia; e a noite corresponde exatamente a doze partes, e o dia a seis partes.

72.27 E com isso, o Sol completou as divisões de sua órbita, e volta novamente, ao longo destas divisões de sua órbita, e vem através daquele primeiro Portal por trinta manhãs, e se põe no oeste oposto a ele.

72.28 E naquele dia a noite diminui em duração de uma parte (1/18), e corresponde a onze partes, e o dia a sete partes.

72.29 E o Sol volta, e vem para o segundo Portal no leste, e ele volta ao longo daquelas divisões de sua órbita por trinta manhãs, nascendo e se pondo.

72.30 E naquele dia a noite diminui em duração e a noite corresponde a dez partes e o dia a oito partes.

72.31 E naquele dia, o Sol nasce do segundo Portal, e se põe no oeste, e volta ao leste, e nasce no terceiro Portal por trinta e uma manhãs, e se põe no oeste do céu.

72.32 E naquele dia a noite diminui, e corresponde a nove partes, e o dia corresponde a nove partes, e a noite se torna igual ao dia. E o ano corresponde exatamente a 364 dias.

72.33 E a duração do dia e da noite, e o encurtamento do dia e da noite – são diferentes por causa da órbita do Sol.

72.34 Por causa disso, sua órbita se torna a cada dia mais longa, e a cada noite mais curta.

72.35 E essa é a lei e a trajetória do Sol, e seu retorno, tantas vezes quantas retorna; sessenta vezes ele retorna e nasce, que é a grande luminária eterna, que para todo o sempre é chamada o Sol.

72.36 E esta que nasce é a grande luminária, que é chamada assim de acordo com sua aparência, como o Senhor ordenou.

72.37 E assim se levanta e se põe; nem enfraquece, nem descansa, mas segue dia e noite em sua carruagem. E sua luz é sete vezes mais brilhante que a da Lua, mas em tamanho (visualmente) os dois são iguais.

73.1 E depois dessa lei eu vi outra lei, para a luminária menor, chamada a Lua.

73.2 E seu disco é como o disco do Sol, e o vento impele sua carruagem na qual viaja, e luz lhe é dada em medida fixa.

73.3 E a cada mês seu nascer e pôr mudam, e seus dias são como os dias do Sol, e quando sua luz está cheia por igual, ela é a sétima parte da luz do Sol.

73.4 E assim ela nasce, e sua primeira fase é na direção leste; ela surge na trigésima manhã. E naquele dia ela aparece, e se torna para vós a primeira fase da Lua, na trigésima manhã, junto com o Sol no Portal através do qual o Sol nasce.

73.5 E metade (…..) com a sétima parte, e todo seu disco está vazio, sem luz, exceto por uma sétima parte, a décima-quarta parte de sua luz.

73.6 E no dia que ela recebe a sétima parte e meia da sua luz, sua luz corresponde um sétimo, e à sétima parte e meia.

73.7 Ela se põe com o Sol, e quando o Sol nasce, a Lua nasce com ele, e recebe a metade de uma parte de luz. E naquela noite no começo de sua manhã, no começo do dia lunar, a Lua se põe com o Sol, e está escura aquela noite em seis e sete (treze) partes e meia.

73.8 E ela nasce naquele dia, com exatamente uma sétima parte, sai, recua com o nascer do Sol, e se torna brilhante no restante de seus dias, nas outras seis e sete (treze) partes.

74.1 E vi outra órbita, e lei, vi para ela, e como, segundo aquela lei, ela executa sua órbita mensal.

74.2 E Uriel, o Santo Anjo que é o líder deles todos, mostrou-me tudo, e escrevi suas posições à medida que ele as mostrava para mim. E escrevi seus meses, como são, e a aparência de seus brilhos, até que quinze dias se tivessem completado.

74.3 Em sétimas partes ela fica totalmente escura, e em sétimas partes ela brilha totalmente, no leste e no oeste.

74.4 E em certos meses, ela altera seu ocaso, e em determinados meses, ela segue seu próprio curso.

74.5 Em dois meses ela se põe com o Sol, naqueles dois Portais que estão no meio, no terceiro e no quarto Portal.

74.6 Ela sai por sete dias e volta, e retorna novamente ao Portal de onde o Sol nasce. E naquele Portal ela brilha totalmente, e ela recua do Sol, e vem, em oito dias, para o sexto Portal do qual o sol nasce.

74.7 E quando o sol nasce do quarto Portal, a Lua sai por sete dias, até que nasça do quinto Portal. E novamente volta em sete dias para o quarto Portal, brilha totalmente, recua e vem para o primeiro Portal em oito dias.

74.8 E novamente ela volta em sete dias para o quarto Portal do qual o sol nasce.

74.9 Dessa maneira vi suas posições; como a Lua nasce e o Sol se põe naqueles dias.

74.10 E se cinco anos são somados ao mesmo tempo, o Sol tem um excedente de trinta dias. Para cada ano, dos cinco anos, há trezentos e sessenta e quatro dias.

74.11 E o excedente, do Sol e das estrelas, conta seis dias. Em cinco anos, com seis dias cada, têm um excedente de trinta dias, e a Lua se põe atrás do Sol e das estrelas por trinta dias.

74.12 E a Lua conduz os anos exatamente, todos eles de acordo com suas posições eternas; nem se adiantam nem atrasam, mesmo em um dia, mas mudam o ano em exatamente 364 dias.

74.13 Em três anos, há 1092 dias, e em cinco anos 1820 dias, para que em oito anos hajam 2912 dias.

74.14 Apenas para a Lua, os dias em três anos são 1062 dias, e em cinco anos ela se põe atrás por cinquenta dias.

74.15 E há 1770 dias em cinco anos de maneira que para a Lua os dias em 8 anos sejam 2832 dias.

74.16 Pois a diferença em oito anos é de oitenta dias, e todos os dias que a Lua se põe atrás, em oito anos, são oitenta dias.

74.17 E o ano é completado exatamente, de acordo com suas posições, e as posições do Sol, em que nasçam dos Portais dos quais o Sol nasce e se põe por trinta dias.

75.1 E os líderes das dezenas de milhares, que estão encarregados de toda a criação, e encarregados de todas as estrelas, e também os quatro dias que são adicionados, e não são separados de sua posição, de acordo com a contagem total do ano. E estes servem nos quatro dias que não são contados na
contagem do ano.

75.2 E por causa deles os homens erram neles. Pois estas luminárias realmente servem nas estações terrestres, uma no primeiro Portal, e uma no terceiro Portal, e uma no quarto Portal, e uma no sexto Portal. E a harmonia exata do mundo é completada nas distintas 364 estações do mundo.

75.3 Pois os signos [as constelações zodiacais], e os tempos, e os anos, e os dias, foram mostrados a mim pelo Anjo Uriel, a quem o Senhor da Glória Eterna colocou como encarregado de todas as Luminárias dos Céus. Nos Céus e no mundo, para que pudessem governar na Face dos Céus, e fossem vistas sobre a Terra, e comandar o dia e a noite; o Sol, a Lua, as estrelas, e todas as criaturas que servem que fazem suas órbitas em todas as Carruagens dos Céus.

75.4 De maneira similar, Uriel me mostrou doze aberturas-Portais no disco da carruagem do Sol, no céu, dos quais os raios do Sol saem. E deles o calor é difundido sobre a Terra quando estão abertos nos tempos determinados para eles.

75.5 E há aberturas para os ventos, e para o espírito do orvalho, quando são abertas nos seus tempos, abertas nos Céus, nos confins da terra.

75.6 Eu vi doze Portais nos Céus, nos confins da terra, dos quais o sol, e a Lua, e as estrelas, e todas as obras dos Céus, saem no leste e no oeste.

75.7 E há muitas aberturas-janelas ao norte e ao sul, e cada janela, em seu tempo apropriado, manda calor correspondendo àqueles Portais, dos quais as estrelas saem, de acordo com o Seu comando a elas, e nos quais elas se põem de acordo com seu número.

75.8 E eu vi carruagens nos Céus, andando através da região sobre aqueles Portais, nos quais as estrelas que nunca se põem orbitam.

75.9 E uma é maior de que todas as outras. E ela faz sua trajetória através do mundo todo.

76.1 E nos confins da terra, eu vi doze Portais abertos para todos os ventos, dos quais os ventos saem e sopram sobre a terra.

76.2 Três deles estão abertos em frente aos Céus (norte), e três no fundo (sul), e três na direita dos Céus (leste), e três na esquerda (oeste).

76.3 E os três primeiros são aqueles na direção leste, e então os três na direção norte, e os três depois destes na direção sul, e os três no oeste.

76.4 Através de quatro deles vêm ventos de bênção e paz. E dos outros oito vêm ventos de punição; quando são mandados trazem devastação em toda a Terra, e em tudo o que está na água e sobre o chão seco.

76.5 E o primeiro vento destes Portais, chamado o vento leste, sai através do primeiro Portal, que está a leste. O que vem do sul traz devastação, seca, calor, e destruição.

76.6 E através do segundo Portal, no meio, vem o que é certo. E dele vem chuva, e fertilidade, e prosperidade, e orvalho. E através do terceiro Portal, que está na direção norte, vem frio e seca.

76.7 E depois destes, os ventos do sul saem, através de três Portais. Primeiro, através do primeiro dos Portais, que se inclina para leste, vem um vento quente.

76.8 E através do Portal do meio, que está próximo a ele, vêm fragrâncias agradáveis, e orvalho, e chuva, e prosperidade e vida.

76.9 E através do terceiro Portal, que está a oeste, vem orvalho, e chuva, e gafanhotos, e devastação.

76.10 E depois destes os ventos do norte: do sétimo portal no leste vêm orvalho e chuva, gafanhotos e desolação. E do portal do meio vem em direção direta saúde e chuva e orvalho e prosperidade; e através do terceiro portal no oeste vêm nuvens e geada, e neve e chuva, e orvalho e gafanhotos.

76.11 E através do Portal exatamente no meio, vêm chuva, e vida e prosperidade. E através do terceiro Portal, que está a oeste vêm névoa e geada, e neve, e chuva, e orvalho e gafanhotos.

76.12 E depois destes estão os ventos oeste. Através do primeiro Portal, que se inclina na direção norte, vêm orvalho, e chuva, e geada, e frio, e neve e gelo.

76.13 E do Portal do meio, vêm orvalho e chuva, prosperidade e bênção. E através do último Portal, que está na direção sul, vêm seca e devastação, calor intenso e destruição.

76.14 E assim os doze Portais, dos quatro quadrantes dos Céus estão completos. E todas as suas leis, e todas as suas punições, e todos os seus benefícios, eu mostrei a ti, meu filho Matusalém.

77.1 O primeiro quadrante é chamado oriental (leste), porque é o primeiro, e o segundo, meridional (sul), porque o Altíssimo desce ali, e ali desce especialmente “Aquele” que é bendito para sempre.

77.2 E o quadrante ocidental (oeste) é denominado o minguante, porque ali todas as luminárias dos Céus minguam e descem.

77.3 E o quarto quadrante, chamado setentrional (norte), está dividido em três partes. E a primeira delas é a habitação dos homens; e a segunda contém mares de água, e as profundezas, e as florestas, e rios, e escuridão e névoa; e a terceira contém o Jardim da Justiça.

77.4 Eu vi sete montanhas altas, mais altas que todas outras montanhas da Terra; e delas vinha a neve. E dias e tempos e anos, passam e se vão.

77.5 Eu vi sete rios na Terra, mais largos que todos outros rios; um deles vem do leste e deságua no Grande Mar.

77.6 E dois deles vêm do norte para o mar e deságuam no Mar Eritreu a leste.

77.7 E os restantes quatro fluem do lado norte para seus próprios mares, dois para o Mar Eritreu, e dois para o Grande Mar e deságuam lá, e não no deserto, como alguns dizem.

77.8 Eu vi sete grandes ilhas, no mar e na terra, duas na terra, e cinco no Grande Mar.

78.1 Os nomes do Sol são os seguintes: O primeiro Oryares, e o segundo Tomases.

78.2 E a Lua tem quatro nomes: O primeiro nome é Asonya, e o segundo Ebla, e o terceiro Benase, e o quarto Era’e.

78.3 Estas são as duas grandes luminárias; seus discos são como o disco dos Céus e em tamanho os dois são iguais (visualmente).

78.4 No disco do Sol, há sete partes de luz, que são somadas a ele a mais do que à Lua, e em medidas fixas a luz é transferida para a Lua até que a sétima parte do Sol esteja esvaziada.

78.5 E elas se põem, entram nos Portais do oeste, e orbitam pelo norte, e nascem através dos Portais do leste, na face dos Céus.

78.6 E quando a Lua nasce, ela aparece no céu, e tem metade de uma sétima parte de luz, e no décimo-quarto dia ela completa toda sua luz.

78.7 E décimas-quintas partes de luz são transferidas para ela, até o décimo quinto dia sua luz está completa, dependendo do signo do ano, e corresponde a quinze partes. E a Lua cresce por metades de uma sétima parte.

78.8 E em seu minguar no primeiro dia, ela decresce para quatorze partes de sua luz. E no segundo para treze partes, e no terceiro para doze partes, e no quarto para onze partes, e no quinto para dez partes, e no sexto para nove partes, e no sétimo para oito partes, e no oitavo para sete partes, e no nono para seis partes, e no décimo para cinco partes, e no décimo-primeiro para quatro partes, e no décimo-segundo para três, e no décimo-terceiro para duas, e no décimo-quarto para a metade de uma sétima parte. E toda a luz restante desaparece no décimo-quinto dia.

78.9 E em certos meses a Lua tem vinte e nove dias e uma vez vinte e oito.

78.10 E Uriel mostrou-me outra lei: – quando a Luz é transferida para a Lua, e em que lado é transferida do Sol.

78.11 Todo o tempo em que a Lua está aumentando em sua luz, esta é transferida quando se torna oposta ao Sol, até que em quatorze dias sua luz está completa no céu; e quando ela está completamente brilhante, sua luz está completa no céu.

78.12 E no primeiro dia ela é chamada Lua Nova, pois naquele (dia), a luz do dia nasce sobre ela.

78.13 E sua luz se torna completa exatamente no dia em que, assim que o Sol se põe no oeste, ela nasce do leste para a noite. E a Lua brilha por toda a noite até que o Sol nasça oposto a ela, e a Lua seja vista oposta ao Sol.

78.14 E no lado no qual a luz da Lua aparece, lá novamente mingua, até que toda a luz desapareça, e os dias da Lua acabam e seu disco permanece vazio sem luz.

78.15 E por três meses, em seu tempo apropriado, ela completa trinta dias, e por três meses, ela completa vinte e nove dias, durante os quais ela completa seu minguar, no primeiro período, no primeiro Portal, 127 dias.

78.16 E no tempo de seu nascer, por três meses, ela aparece em cada mês com trinta dias. E por três meses ela aparece em cada mês com vinte e nove dias.

78.17 À noite, por vinte dias de cada vez, ela parece com um homem, e de dia como os Céus, pois não há nada mais nela senão sua luz.

79.1 E agora, meu filho Matusalém, que eu mostrei tudo a ti, e toda a lei das Estrelas dos Céus está completa.

79.2 E ele me mostrou toda a lei para estas, para cada dia, e para cada tempo, e para cada regra, e para cada ano, e para o fim disso, de acordo com seu comando, para cada mês e cada semana.

79.3 E o minguar da Lua, que ocorre no sexto Portal,: pois neste sexto Portal sua luz é completada, e depois daquilo há o começo do mês.

79.4 E o minguar, que acontece no primeiro Portal, em seu tempo determinado, até que 127 dias estejam completados, ou por semanas; vinte e cinco semanas e dois dias.

79.5 E como ela vai para trás do Sol, de acordo com a lei das estrelas, por exatamente cinco dias em um período de tempo, quando ela completou o caminho que viste.

79.6 Esta é a aparição e aparência, de cada luminária, que Uriel, o grande Anjo que é seu líder, mostrou-me.

80.1 E naqueles dias Uriel me respondeu e me disse: “ Vê, eu te mostrei tudo, Ó Enoch. E eu revelei tudo a ti, para que tu possas ver este Sol, e esta Lua, e aqueles que lideram as Estrelas dos Céus, e todos aqueles que as movem, suas tarefas e seus tempos e suas ascensões.

80.2 Mas nos dias dos pecadores os anos serão encurtados, e suas sementes serão tardias nas suas terras, e em seus campos. E todas as coisas na Terra serão alteradas e não surgirão a seu tempo determinado. E a chuva será contida e os Céus a reterão.

80.3 E naqueles tempos os frutos da terra tardarão, e não crescerão a seu tempo determinado, e os frutos das árvores serão contidos em seu tempo apropriado.

80.4 E a Lua alterará seu costume [órbita], e não aparecerá em seu tempo determinado.

80.5 Mas naqueles dias ele (o Sol) aparecerá nos Céus, virá sobre uma grande carruagem no oeste, e brilhará com mais do que o seu brilho normal.

80.6 E muitos dos chefes das estrelas, em comando, se desviarão. E estes alterarão suas órbitas e tarefas e não aparecerão nos tempos que foram prescritos para eles.

80.7 E toda a lei das estrelas será oculta aos pecadores, e os pensamentos daqueles que habitam sobre a Terra se desviarão no que diz respeito a elas, e voltarão de todos os seus caminhos e se desviarão, e as tomarão como deuses.

80.8 E muitos males sobrevirão a eles e punição virá sobre eles para destruí-los a todos.”

81.1 E ele me disse: “Ó Enoch, olhe para o livro das Tabuinhas Celestiais e leia o que está escrito nelas, e assinale cada fato individual.”

81.2 E eu olhei para tudo que estava escrito e eu anotei tudo. E li o livro e tudo que estava escrito nele, todos os feitos dos homens, e todos os filhos da carne que estarão sobre a Terra, por todas as gerações da eternidade.

81.3 E então imediatamente eu bendisse o Senhor, o Eterno Rei da Glória, porque Ele fez todas as obras do mundo, e eu louvei ao Senhor por causa da Sua paciência, e O bendisse por causa dos filhos de Adão.

81.4 E naquele momento eu disse: “ Bendito seja o homem que morre em justiça e bondade, do qual nenhum livro de iniquidade foi escrito, e contra quem nenhuma culpa foi achada.”


Notas: (14) AS REVOLUÇÕES DAS LUMINÁRIAS (páginas 99-114)

Este capítulo explica a trajetória do Sol no céu, e como a duração do dia varia, e as diferentes estações do ano no tempo de Enoch [pré dilúvio e inclinação do eixo da Terra]. A divisão do ano em meses e as fases da Lua são explicadas aqui. É interessante que a variação da duração do dia é descrita com o dia dividido em 18 partes. As Sentinelas podem ter dividido o dia em 18 “horas” em vez de nosso sistema de 24 horas.

A variação sazonal na duração do dia descrita, veja 72.14 e 72.26, é mais típica das latitudes setentrionais (norte). A situação em Londres, em meados de Dezembro (próximo ao solstício do inverno em 21 de dezembro), é muito similar à descrição em 72.26 com um dia de 8 horas, e uma noite de 16 horas.

A seção sobre a Lua contém algumas informações precisas como a que ela parece, no céu, ter o mesmo tamanho do Sol, 72.37. Em 75.8-9 Enoch explica como o eixo de rotação passa pelo meio da Terra. O fato que a Terra é esférica e estar girando, foi aceito amplamente somente há algumas centenas de anos atrás – antes disso todos acreditavam que o Sol circundava a Terra.

Há um livro chamado ‘Uriel’s Machine’ (A Máquina de Uriel) por C. Knight e Robert Lomas que emite uma boa opinião a respeito deste capítulo que contém a informação necessária para construir um ‘henge’ – um observatório feito de pilares ou pedras estacionárias [como StoneHenge, na Inglaterra]. Eles também sugerem que Enoch pode ter sido levado à Irlanda – aonde há um número de lugares antigos e incomuns que ainda sobrevivem.

Quando Enoch está falando sobre o norte, em 77.3, ele menciona que esta é a localização do Jardim da Justiça – a pátria dos Sentinelas. Em 78.4, o fato de que a Lua obtém sua luz do Sol é revelado. Em 78.17
ele diz que a Lua tem uma face (“parece um homem”) por 20 dias no mês; o chamamos “o homem na Lua”. Isto é evidência contra a teoria sobre as ilhas Sandwich do Sul serem o lar das Sentinelas porque a face da Lua não é reconhecível no hemisfério sul (porque está de cabeça para baixo). Há uma descrição de um livro escrito pelas Sentinelas do qual Enoch tomou notas, (veja 81.1-2), Enoch o chama As Tabuinhas dos Céus. Os capítulos das profecias de Enoch provêm deste livro.


“A sabedoria (Sophia) clama lá fora; pelas ruas levanta a sua voz. Nas esquinas movimentadas ela brada; nas entradas das portas e nas cidades profere as suas palavras:  “Até quando vocês, inexperientes, irão contentar-se com a sua inexperiência? Vocês, zombadores, até quando terão prazer na zombaria? E vocês, tolos [ignorantes], até quando desprezarão o conhecimento?  Atentai para a minha repreensão; pois eis que vos derramarei abundantemente do meu espírito e vos farei saber as minhas palavras [o conhecimento]”. – Provérbios 1:20-23


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