O polo norte magnético não esta mais onde costumava estar. James Clark Ross foi o primeiro homem que localizou o norte magnético em 1831 nas ilhas dispersas do território de Nunavut, no Canadá. Desde então, o pólo marchou em grande parte mais para o norte, atravessando centenas de quilômetros nas últimas décadas e se mudando incríveis 1.370 quilômetros de seu ponto original nos últimos 188 anos, e hoje esta se dirigindo para a Sibéria, em território da Rússia. (Curiosamente, seu oposto polar, sul magnético, mudou pouco durante esse tempo.)
Tradução, edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
O pólo norte magnético da Terra mudou tanto que tivemos que atualizar o GPS
Sarah Kaplan, – Fonte: THE WASHINGTON POST
Desde 2015, o lugar para o qual uma bússola aponta o polo norte magnético tem se mudado em direção ao interior da Sibéria, na Rússia a um ritmo de mais de 30 milhas (48 quilômetros) por ano. E depois de um atraso causado pela paralisação parcial do governo nos Estados Unidos que durou um mês, os seres humanos finalmente se aproximaram.
Os cientistas divulgaram uma atualização de emergência para o World Magnetic Model, que os sistemas GPS dos celulares, os navegadores militares e dos navios mercantes de todos os países do planeta usam para se orientar. É uma pequena mudança e quase desapercebida para a maioria de nós – perceptível apenas para as pessoas que estão tentando navegar muito precisamente muito perto do gelado Ártico.
Mas a inexorável tendência de mudança do pólo norte magnético sugere que algo estranho – e potencialmente poderoso e muito perigoso – está ocorrendo nas profundezas da Terra. Apenas rastreando o fenômeno, disse o geofísico Phil Livermore, da Universidade de Leeds, no Reino Unido, os cientistas podem entender o que está acontecendo.
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O campo magnético do planeta é gerado a quase 2.000 milhas (3.200 quilômetros) de profundidade abaixo de nossos pés, na esfera rodopiante de metal derretido que forma o núcleo da Terra. Mudanças nesse fluxo subterrâneo podem alterar as linhas do campo magnético da Terra – e assim também mudar os polos magnéticos para onde elas convergem.
Consequentemente, o polo norte magnético não se alinha com o norte geográfico (o ponto final do eixo rotacional da Terra), e está ultimamente em constante movimento. Registros de antigos campos magnéticos de rochas extremamente antigas mostram que os pólos podem até virar completamente invertendo-se – um evento que ocorreu no planeta em média três vezes a cada milhão de anos.
A primeira expedição científica para encontrar o polo norte magnético, em 1831, identificou-o no Ártico canadense. Quando o Exército dos EUA foi à procura do polo no final da década de 1940, o polo norte magnético havia mudado incríveis 400 quilômetros para o noroeste {média de 3,67 km por ano}.
Desde 1990, ele percorreu impressionantes mais 970 quilômetros {média de 19,4 quilômetros por ano} ou seja, nos últimos 188 anos o polo norte magnético já se deslocou incríveis 1.370 quilômetros} e agora pode ser encontrado no meio do Oceano Ártico, 4 graus ao sul do norte geográfico – no momento. Curiosamente, o pólo magnético sul não espelhou as peregrinações de sua contraparte norte. Desde 1990, sua localização permaneceu relativamente estável, na costa leste da Antártida.
A pesquisa de Livermore sugere que a localização do Pólo Norte é controlada por duas áreas de campo magnético abaixo do Canadá e da Sibéria. Em 2017, ele relatou que o trecho canadense parece estar enfraquecendo, o resultado de um ferro líquido atravessando o núcleo tempestuoso da Terra.
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Falando em uma reunião da União Geofísica Americana em dezembro, ele sugeriu que o tumulto muito abaixo do Ártico poderia explicar o movimento das linhas de campo magnético acima dele.
Cientistas da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica-NOAA e da British Geological Survey-BGS colaboram para produzir um novo Modelo Magnético Mundial – uma representação matemática das linhas do campo magnético do planeta – a cada cinco anos. A próxima atualização estava programada para ocorrer até 2020.
Mas a Terra tinha outros planos. As flutuações no polo norte magnético no Ártico estão ocorrendo muito mais rápido do que o previsto pelos modelos científicos e programas criados. No verão, a discrepância entre o World Magnetic Model e a localização em tempo real do pólo norte magnético, em função da aceleração e aumento da velocidade da sua localização quase ultrapassou o limite necessário para a navegação marítima precisa, disse William Brown, um modelador de campo geomagnético para a BGS.
Ele e seus colegas norte-americanos do NOAA trabalharam urgente na criação de um novo modelo, que estava quase pronto para ser lançado quando grande parte do governo federal dos EUA ficou sem financiamento no começo deste ano. Embora a agência britânica pudesse publicar elementos do novo modelo em seu site, a NOAA é responsável por hospedar o modelo e disponibilizá-lo para uso e acesso público. Esta parte do modelo não ficou disponível até o fim da paralisação, uma semana depois que a maioria dos funcionários da NOAA puderam voltar ao trabalho em fevereiro.
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Alguns especularam que a Terra está atrasada para outra reversão total do seu campo magnético e por consequência dos seus polos magnéticos norte e sul – um evento que não aconteceu nos últimos 780 mil anos – e a recente inquietação do Pólo Norte pode ser um sinal de um cataclismo iminente por vir. Livermore ficou cético.
“Não há evidências de que as mudanças localizadas no Ártico sejam um sinal de algo maior”, afirmou. De qualquer forma, as inversões de campo magnético normalmente se desdobraram ao longo de aproximadamente mil anos – dando bastante tempo até mesmo para um governo como o dos EUA se ajustar.
2019 © The Washington Post
Este artigo foi originalmente publicado pelo The Washington Post
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“Haverá muitas mudanças dramáticas no clima do planeta, muitas mudanças nas condições meteorológicas na medida em que o TEMPO DA GRANDE COLHEITAse aproxima RAPIDAMENTE ao longo dos próximos anos. Você vai ver a velocidade do vento em tempestades ultrapassando 300 milhas (480 quilômetros) por hora, às vezes.
Deverão acontecerfortes tsunamis e devastação generalizada NAS REGIÕES COSTEIRAS, e emissão de energia solar (CME-Ejeção de Massa Coronal do Sol) que fará importante fusão e derretimento das calotas de gelo nos polos, e subseqüente aumento drástico no nível do mar, deixando muitas áreas metropolitanas submersas em todo o planeta“.Saiba mais AQUI
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