A Europa é assolada por uma série de “crises existenciais”. No entanto, todas elas são auto infligidas — e por uma cultura dominante e terapêutica que adotou clichês utópicos, porém letais. Essas feridas suicidas estão agora chegando ao estágio final. De fato, os psicopatas do Hospício Ocidental estão destruindo a própria civilização que logo foi imaginada como o paraíso [o “jardim”] na Terra.
Fonte: De autoria de Victor Davis Hanson via American Greatness
A histeria do aquecimento global não poderia simplesmente considerar transformações graduais que afastassem a dependência de combustíveis tradicionais e geração de energia.
Em vez disso, as elites exigiram mandatos catastróficos e quase instantâneos de “Emissões Zero CO²”. Esse radicalismo implicou na transição para energia solar e eólica, pouco confiáveis e custosas. Os preços dos combustíveis e da eletricidade dispararam.
A elite socialista verde pouco se importava com o fato de que o fechamento de usinas nucleares, usinas a carvão, a gás natural e a geração de energia a petróleo prejudicaria a indústria, reduziria os padrões de vida e empobreceria a Europa.
A Alemanha, outrora potência econômica da Europa, tornou-se uma sombra do que era antes. Os mesmos esforços se intensificaram sob os governos Obama e Biden nos EUA. Ambas as administrações buscaram reduzir a produção e o uso de combustíveis fósseis, sem considerar os custos, os perigos para a economia ou os efeitos deletérios sobre a classe média e os pobres.
Em segundo lugar, durante o último meio século, ocidentais abastados abraçaram a ideia de que não havia estilos de vida normativos.
Frequentemente, alegavam que famílias nucleares com 2 a 3 filhos eram provincianas e ultrapassadas.
As crianças supostamente inibiam o estilo de vida e as aspirações das mulheres. Famílias maiores, nos disseram, sobrecarregavam injustamente profissionais de alto padrão com custos desnecessários e ofereciam modelos tendenciosos e prejudiciais a gays, transgêneros e homens e mulheres solteiros e sem filhos.
O resultado é que a taxa de fertilidade caiu drasticamente no Ocidente, particularmente na Europa (1,4) e nos Estados Unidos (1,6), para níveis insustentáveis.
A academia, a mídia, o governo e as fundações promoveram essas ideias de “empoderamento” — apesar das evidências históricas de que sociedades que não conseguem se reproduzir envelhecem, se fossilizam e finalmente implodem e, claro, acabam.
O terceiro cavaleiro do apocalipse ocidental foi a imigração irrestrita e ilegal.
Mais uma vez, as elites descartaram um século de pesquisa e senso comum de que a imigração para as sociedades ocidentais modernas só é benéfica se for legal, medida, diversa, meritocrática e acompanhada de esforços robustos do anfitrião para integrar, aculturar e assimilar estrangeiros.
O arrogante Ocidente zombou de tudo isso. Em vez disso, destruiu fronteiras. Acolheu milhões de imigrantes ilegais empobrecidos e não auditados, muitos deles com pouca vontade ou capacidade de adotar os valores culturais de seus anfitriões.
O que se seguiu foram direitos sociais insustentáveis, aumento da criminalidade, caos social e crescentes conflitos internos.
O último cavaleiro foi um novo tribalismo woke, eufemisticamente chamado de DEI-diversidade, equidade, inclusão.
Uma elite ocidental imaginou um conjunto completo de ações reparadoras para populações não brancas em crescimento, para expiar supostos pecados anteriores, e às vezes antigos, de escravidão, racismo, colonialismo, sexismo, homofobia e transfobia.
Não importa que todas essas patologias sejam comuns no mundo todo, somente no Ocidente autocrítico a escravidão foi proibida pela primeira vez e o tribalismo restringido.
De fato, os imigrantes não brancos sabiam exatamente por que milhões de outros não ocidentais afluíam às nações ocidentais. Somente ali a meritocracia, o governo consensual e a autocrítica garantem mais prosperidade, liberdade e segurança do que em suas próprias sociedades tribais, frequentemente sexistas, religiosa e etnicamente chauvinistas e estatistas.
A natureza humana determina que, quando fixações raciais por qualquer motivo normalizam isenções e vantagens, o tribalismo e os conflitos civis inevitavelmente ressurgem.
Mitos autoperpetuantes de vitimização eterna são necessários para garantir preferências especiais permanentes. A ideia ocidental do Iluminismo, de que somos indivíduos, não tribos e coletivos, livres para questionar o mundo ao nosso redor, está destruída.
Em vez disso, caímos no tribalismo pré-civilizacional, baseado em nossas aparências superficiais.
Só há alguma esperança porque os quatro cavaleiros do nosso apocalipse foram acolhidos no Ocidente por uma minoria de ocidentais zumbis ignorantes, seculares e privilegiados. Eles acreditavam, como semideuses, que sua riqueza e liberdade eram direitos de nascença irreversíveis, que a utopia estava próxima e que estariam isentos de quaisquer consequências de seu fracasso.
Como solução, o Ocidente precisa parar de se desculpar por sua história de 2.500 anos e se orgulhar de sua tradição europeia e judaico-cristã única, que é inatamente inclusiva.
Não precisa ser perfeito para ser bom — apenas muito melhor que as alternativas, como atesta a imigração ilegal em massa.
O Ocidente precisa resistir aos clichês verdes radicais de cima para baixo e avaliar seus danos em termos de custo-benefício para a maioria dos cidadãos.
Famílias maiores, multigeracionais e com pai e mãe não são estranhas, mas sim a força vital histórica de civilizações robustas.
Se estrangeiros desejam se mudar legalmente para o Ocidente, eles devem ser lembrados do motivo pelo qual o fazem e, assim, integrar-se e assimilar-se aos valores dos anfitriões — ou ficar em casa.
Por fim, os americanos, em especial, precisam se manifestar contra qualquer pessoa de qualquer raça ou tribo que estereotipe e expresse ódio contra pessoas de fora de sua tribo.
E a fingida vitimização só terminará quando os algozes inventados disserem: “Desculpe, já chega”.