Rússia adverte Israel contra anexação das Colinas de Golã

O vice-ministro das Relações Exteriores Sergey Ryabkov aconselhou os “cabeças-quentes” em Tel Aviv a se absterem de tentar explorar a situação na Síria. Israel deve evitar ser “intoxicado pelas oportunidades” apresentadas pela crise atual na Síria, alertou o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, depois que tropas israelenses lançaram uma incursão no país vizinho. 

Fonte: Rússia today

No início deste mês, as forças de oposição sírias lideradas pelos jihadistas Hayat Tahrir-al-Sham (HTS) lançaram uma ofensiva surpresa por todo o país, capturando várias cidades importantes, incluindo a capital Damasco. Em resposta, o presidente sírio Bashar Assad renunciou e recebeu asilo na Rússia.  

Após a rápida e surpreendente queda do governo de Assad, as Forças de Defesa de Israel (IDF) apressadamente invadiram a zona tampão entre a Síria e as Colinas de Golã e tomaram o monte Hermon. Apesar das duras críticas da ONU e dos estados árabes, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu anunciou no domingo que seu gabinete havia aprovado um plano para expandir a população judaica na área ocupada ilegalmente e “se estabelecer” nas Colinas de Golã indefinidamente.  

Comentando sobre os desenvolvimentos na segunda-feira, Ryabkov foi questionado sobre quais atores externos estavam agindo nos bastidores na Síria. O diplomata disse que, além dos EUA, cuja presença é “definitivamente visível”, Israel é um dos principais “beneficiários” da situação atual.  

“Gostaria de alertar certos ‘cabeças-quentes’ em Tel Aviv para que não se deixem intoxicar por oportunidades”, disse Ryabkov, enfatizando que “a anexação das Colinas de Golã, sobre a qual muitos estão falando agora, é absolutamente inaceitável”.  

Neste mapa uma “diferente” visão do ORIENTE MÉDIO: O GRANDE ISRAEL: Em 04 de setembro de 2001 uma manifestação foi realizada em Jerusalém, para apoiar à ideia da implantação do Estado de Israel desde o RIO NILO (Egito) até o RIO EUFRATES (Iraque). Foi organizado pelo movimento Bhead Artzeinu (“Para a Pátria”), presidido pelo rabino e historiador Avraham Shmulevic de Hebron. De acordo com Shmulevic: “Nós não teremos paz enquanto todo o território da Terra de Israel não voltar sob o controle judaico …. Uma paz estável só virá depois, quando ISRAEL tomar a si todas as suas terras históricas, e, assim, controlar tanto desde o CANAL de SUEZ (EGITO) até o ESTREITO de ORMUZ (o IRÃ) … Devemos lembrar que os campos de petróleo iraquianos também estão localizadas na terra dos judeus”. UMA DECLARAÇÃO do ministro Yuval Steinitz, do Likud, que detém o extenso título de ministro da Inteligência, Relações Internacionais e Assuntos Estratégicos de Israel hoje: “Estamos testemunhando o extermínio do antigo Oriente Médio. A ordem das coisas esta sendo completamente abalada. O antigo Oriente Médio está morto, e o novo Oriente Médio não está aqui ainda. Esta instabilidade extrema poderia durar mais um ano, ou até mais alguns anos, e nós não sabemos como a nova ordem do Oriente Médio vai se parecer à medida que emergir a partir do caos e derramamento de sangue e fumaça atual. É por isso que devemos continuar a agir com premeditação”. No mapa acima podemos ver as pretensões de judeus radicais (tão ou mais radicais quanto os fanáticos islâmicos).

Ele apelou a Israel para que retorne à implementação total do acordo de desligamento de 1974 com a Síria, sob o qual uma zona-tampão foi estabelecida nas Colinas de Golã. Anteriormente, o governo israelense alegou que o acordo havia “entrado em colapso” com a queda do governo de Assad.  

O chefe do estado-maior das IDF, Herzi Halevi, declarou que Israel “não está intervindo no que está acontecendo na Síria” e não tem “nenhuma intenção de administrar a Síria”. No entanto, ele disse que depois que o Exército Sírio entrou em colapso, agora há uma “ameaça de que elementos terroristas venham para cá, e nós avançamos tanto… elementos terroristas extremos não se estabelecerão perto da fronteira conosco”. 

O Ministro da Defesa Israelita, Israel Katz, também disse que a incursão na zona tampão tem como objetivo criar uma nova “área de segurança” que estaria livre de “armas estratégicas pesadas e infraestrutura terrorista”.



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