Enquanto surgem ‘Novos Centros de Poder’, a Europa fecha-se em si mesma, diz diplomata francês

Com o agudo problema de envelhecimento generalizado da sua população, a Europa não vai recuperar a influência que teve no mundo nos séculos XIX e XX, e o futuro da humanidade será decidido fora das suas capitais, opina o diplomata francês Gérard Araud em um artigo no The Telegraph. Durante a reunião do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em Joanesburgo, foram constantes as vozes a favor de uma multipolaridade contraposta ao domínio de países como os EUA e os europeus.

Enquanto surgem ‘Novos Centros de Poder’, a Europa fecha-se em si mesma, diz diplomata francês

Fonte: Sputnik

Um dia depois da conclusão da 15ª Cúpula do BRICS, em que se reuniram os líderes das economias emergentes mais importantes do mundo, a imprensa internacional começou a se encher de reflexões sobre quem ficará no comando da ordem econômica, política e comercial no mundo ante uma União Europeia (UE) que enfrenta problemas internos e, como resultado da sua dependência de Washington, não é capaz de garantir a sua própria segurança e defesa, como reconheceu o próprio presidente francês, Emmanuel Macron.

“Todos os sinais apontam para uma Europa fechada em si mesma. Un continent de vieux [um continente de velhos]. O futuro da humanidade será decidido definitivamente em outro lugar”, afirma Araud, que serviu como embaixador da França nos EUA.

Durante a reunião do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em Joanesburgo, foram constantes as vozes a favor de uma multipolaridade contraposta ao domínio de países como os EUA e os europeus. Além disso, foram debatidas as possibilidades e a necessidade de desdolarizar o comércio internacional. Praticamente nenhum dirigente da Europa Ocidental participou do encontro.

O diplomata francês dá como exemplo o seu próprio país, que, segundo ele, tem vindo a perder progressivamente o seu poder em paralelo com o seu declínio demográfico.

“A Europa enfrenta uma situação sem precedentes. É previsto que a sua população total diminua 5% entre 2010 e 2050, mas 17% entre as pessoas de 25 a 64 anos. As populações da Hungria, dos Estados Bálticos, Eslováquia, Bulgária, Portugal, Itália e Grécia já estão diminuindo, enquanto a da Alemanha está se estabilizando antes de um previsível declínio”, disse Araud.

Segundo o ex-embaixador, a idade média dos europeus é de 42 anos, em comparação com os 38 anos dos Estados Unidos, e aumenta em média 0,2 anos por ano. Isto significa, afirma o diplomata, menos demanda e, portanto, menos crescimento e sociedades menos dinâmicas. Segundo o autor do artigo, o problema se agravará nas próximas décadas, já que o número de europeus com mais de 80 anos duplicará.

“Nós, europeus, continuamos convencidos da centralidade do nosso pequeno continente não só na história da humanidade, mas também na configuração do mundo atual. Damos lições a todos os outros com base em valores [aqueles valores “liberais”, no estilo, LGBTQ+, Transgênero, pedófilo, “acordado”, transhumanista, verde, emissão zero, de usar insetos como alimentos, de sermos felizes e não possuirmos nada, etc] que acreditamos firmemente serem “universais“. Nos consideramos nobres, poderosos e bem-intencionados”, critica ele.

No entanto, Araud admite que “o período de verdadeiro poder europeu foi na realidade apenas um piscar de olhos histórico”.


Europa enfrenta onda de falências, mas segue apoiando a Ucrânia e mais sanções

O número de falências de empresas europeias atingiu o nível mais elevado nos últimos anos, mas a União Europeia (UE) continua patrocinando a Ucrânia e as sanções à Rússia à custa da sua própria economia, escreve a PressTV.

“A União Europeia seguirá fornecendo armas à Ucrânia no conflito contra a Rússia, apesar das falências de empresas nos países europeus terem atingido o nível mais elevado nos últimos anos”, diz mídia.

O porta-voz da política externa da Comissão Europeia, Peter Stano, disse em entrevista ao canal que a UE continuará apoiando Kiev “tanto quanto for preciso”. Entretanto, destaca-se que com sua declaração o político apenas minimizou os receios em relação à crise que se aproxima e que afeta o custo de vida na Europa.

De acordo com dados oficiais da UE divulgados na semana passada, em comparação com o trimestre anterior o número de falências de empresas aumentou 8,4% e, portanto, atingiu o nível mais alto desde o início da coleta de dados em 2015.

Por fim, o canal ressalta que, segundo vários especialistas, as sanções antirrussas impostas pela União Europeia tiveram um resultado oposto ao esperado.

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou anteriormente que as sanções ocidentais foram um duro golpe para toda a economia mundial e também apontou que o Ocidente pretende piorar a vida de milhões de pessoas.


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“O medo é a emoção predominante das massas que ainda estão presas no turbilhão da negatividade da estrutura de crença da (in)consciência das massas. Medo do futuro, medo da escassez, do governo, das empresas, de outras  crenças religiosas, das raças e culturas diferentes, e até mesmo medo da ira divina. Há aversão e medo daqueles que olham, pensam e agem de modo diferente (os que OUVEM e SEGUEM a sua voz interior), e acima de tudo, existe medo de MUDAR e da própria MUDANÇA.” – Arcanjo Miguel


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