O Establishment está se ‘Desmascarando’ a si mesmo

Há duas semanas, escrevi um artigo expondo a luta da classe política para preservar sua legitimidade, lutando para recuperar o controle e a manipulação sobre a informação no espaço digital. A peça baseia-se na tese de Martin Gurri de que a ampla adoção da Internet causou uma revolução na informação que, semelhante à adoção da imprensa escrita, permitiu que a dissidência cresça e se espalhe além do habitual controle das classes dominantes.

O Establishment está se ‘Desmascarando’ a si mesmo

Fonte: Mises.org

Os resultados foram choques políticos como a Primavera Árabe, a aprovação do Brexit, a eleição de Donald Trump [e atualmente à exposição do genocídio de Israel em Gaza que vê ruir a eficácia de sua máquina de propaganda]

Se o século XXI tem sido uma guerra para preservar a legitimidade do sistema, a batalha atual nos Estados Unidos e países europeus [o hospício ocidental] são as eleições presidenciais de 2024 nos EUA.

É verdade o conhecido clichê de que a próxima eleição é sempre a mais importante da história. À medida que o governo federal cresce, gasta mais do nosso dinheiro e se intromete mais em nossas vidas diárias, os riscos das eleições ficam cada vez maiores.

Isso ainda vale para 2024, mas há muito mais acontecendo. Na Anatomia do Estado, após definir o estado como a “organização numa sociedade que tenta manter o monopólio do uso da força e da violência numa determinada área territorial”, Murray Rothbard dedica um capítulo à forma como os Estados se preservam.

Nas palavras de Rothbard:

“Embora a força seja o modus operandi [da classe dominante], o seu problema básico e de longo prazo é ideológico. Porque, para continuar no poder, qualquer governo (não simplesmente um governo “democrático”) deve ter o apoio da maioria dos seus súditos. Este apoio, deve notar-se, não necessita de ser um entusiasmo ativo; pode muito bem ser uma resignação passiva, e de conformidade bovina como se fosse uma lei inevitável da natureza. . . . Portanto, a principal tarefa dos governantes é sempre garantir a aceitação ativa ou resignada da maioria dos cidadãos”.

Nos Estados Unidos, o establishment político tem evocado durante muitos anos a “democracia” e a ‘segurança nacional” para legitimar as suas ações aos olhos do público. Fazer isso transforma qualquer ação que eles tomem numa personificação da vontade do povo e qualquer oposição numa negação egoísta dos desejos de todos os outros.

Mas a Internet permitiu ao público ver que muitas opiniões e crenças que tinham sido apresentadas como marginais eram de fato populares – muitas vezes até mais populares e verdadeiras do que as chamadas “ideias dominantes”.

Essa revelação reforçou os movimentos antiestablishment da década de 2010 – o Occupy Wall Street, o Tea Party, a Revolução Ron Paul e a campanha de Trump em 2016. E levou o establishment político a uma crise de legitimidade.

Dezenas de milhões de americanos enviaram Donald Trump à Casa Branca, num dos maiores repúdios à classe política estabelecida na história americana. Em resposta, em vez de refletir sobre a razão pela qual tantos americanos estavam tão fartos deles, o establishment decidiu enquadrar Trump como a causa raiz de toda a maldade e hostilidade dirigidas contra eles. Segundo eles, um único homem estava corrompendo a América com ódio, ganância e propaganda russa.

Esse pensamento culminou em anos de tentativas do establishment para remover Trump do poder e, mais tarde, impedi-lo de ocupar novamente o cargo. Primeiro, houve uma discussão sobre destituí-lo usando a Vigésima Quinta Emenda.

Depois veio a tentativa de ligá-lo à inteligência russa. Em seguida, eles tentaram impeachment duas vezes. Finalmente, eles acusaram-no de crimes graves. Agora, alguns estados estão tentando retirá-lo da votação de 2024 por um crime pelo qual ele nem foi acusado.

O establishment não está disposto a admitir que eles próprios são a razão pela qual Trump foi eleito em 2016. Mas, ironicamente, ao tentarem desqualificá-lo para participar nas eleições, minam a ilusão de democracia – a sua principal fonte de legitimidade aos olhos de muitos americanos. É difícil ver como isso será bom para eles.

Autor: Connor O’Keeffe (@ConnorMOKeeffe) produz mídia e conteúdo no Mises Institute. Ele tem mestrado em economia e bacharelado em geologia.


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0 resposta

  1. Adoro seu artigos , ate um tempo atras voces me mandavam na caixa do meu imail, esses informativos ou melhor informaçoes muito ricas e precisas, estava aprendendo muito sobre geopolitica.
    muito obrigada por me deixar informada e me educar.

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