Os ‘Robôs’ da OTAN versus os Cavalos Celestiais da multipolaridade

Todos nós precisaremos de muito tempo e muita introspecção para analisar toda a gama de vectores revolucionários desencadeados pela revelação do BRICS+6 na semana passada na África do Sul. No entanto, o tempo não espera por ninguém e esta acelerando. O Império irá (itálico meu) contra-atacar com força total; na verdade, os seus tentáculos multi-hidra da Guerra Híbrida já estão em exibição.

Os Robôs da OTAN versus os Cavalos Celestiais da multipolaridade

Fonte: Strategic-Culture.su

Todos os psicopatas e loucos do Hospício Ocidental estão esperando na sala da estação ferroviária com cortinas pretas – mas não há mais trens”.

Aqui e aqui tentei dois rascunhos da História sobre o nascimento do BRICS 11. Essencialmente, o que a parceria estratégica Rússia-China está a realizar, um passo (gigante) de cada vez, é também multi-vetorial:

– expandir os BRICS numa aliança para lutar contra a falta de diplomacia dos EUA.

– combater a demência das sanções ocidentais.

– promoção de alternativas ao sistema (judeu khazar) SWIFT.

– promover a autonomia, a autossuficiência e instâncias de soberania.

– e num futuro próximo, integrar o BRICS 11 (e contando) com os países da Organização de Cooperação de Xangai (SCO) para combater as ameaças militares imperiais, algo já aludido pelo Presidente Lukashenko, o inventor do precioso neologismo “Globo Global”.

Em contraste, o indispensável professor Michael Hudson tem mostrado constantemente como o “erro estratégico de auto-isolamento dos EUA e da UE do resto do mundo é tão grande, tão total, que os seus efeitos são equivalentes a uma guerra mundial”. Daí a afirmação do Prof. Hudson de que a guerra por procuração na Ucrânia – não só contra a Rússia, mas também contra a Europa – “pode ser considerada como a Terceira Guerra Mundial”.

De várias maneiras, detalha o professor Hudson, estamos vivendo “uma conseqüência da Segunda Guerra Mundial, cujos resultados viram os Estados Unidos estabelecerem uma organização econômica e política internacional sob seu próprio controle para operar em seu próprio interesse nacional: o Fundo Monetário Internacional impor o controle financeiro dos EUA e dolarizar a economia mundial; o Banco Mundial a emprestar dinheiro aos governos para suportarem os custos de infra-estruturas decorrentes da criação de dependência comercial dos produtos alimentares e industriais dos EUA; promoção da agricultura de plantação extensiva, controle dos EUA/OTAN sobre o petróleo, a mineração e os recursos naturais; e todas as agências das Nações Unidas sob controle dos EUA, com poder de veto em todas as organizações internacionais que criou ou aderiu.”

Agora é um jogo totalmente diferente quando se trata do Sul Global, ou Maioria Global, da emancipação real do “Global Global”. Basta considerarmos Moscou como anfitriã da reunião Rússia-África no final de Julho em São Petesburgo, depois Pequim, com Xi em pessoa, passando um dia na semana passada em Joanesburgo com dezenas de líderes africanos, todos eles parte do novo Movimento dos Não-Alinhados (MNA): o G-77 (na verdade 134 nações), presidido por um cubano, o presidente Díaz-Canel.

Esta é a Dupla Hélice Rússia-China em vigor – oferecendo investimento em grandes áreas de infra-estruturas de segurança e alta tecnologia (Rússia) e finanças, exportações de produtos manufaturados e infra-estruturas rodoviárias e ferroviárias (China) para o “Globo Global”

Neste contexto, uma moeda BRICS não é necessária. O Prof. Hudson cita de forma crucial o Presidente Putin: o que é necessário é um “meio de liquidação” para os Bancos Centrais da sua balança de pagamentos, para manterem sob controle os desequilíbrios no comércio e no investimento. Isto não tem nada a ver com uma moeda supranacional apoiada pelo ouro dos BRICS.

Além disso, não haverá necessidade de uma nova moeda de reserva, uma vez que cada vez mais nações abandonarão o dólar americano nos seus acordos comerciais.

Putin referiu-se a uma unidade contabilística “temporária” – uma vez que o comércio intra-BRICS 11 irá inevitavelmente expandir-se nas suas moedas nacionais em detrimento do dólar. Tudo isto se desenvolverá no contexto de uma aliança cada vez mais esmagadora dos principais produtores de petróleo, gás, minerais, produtos agropecuários [commodities] e matérias-primas: uma economia real (itálico meu) capaz de apoiar uma nova ordem global que empurra progressivamente o domínio ocidental para o esquecimento.

Chame isso de maneira suave de sacrificar a hegemonia.

Todos a bordo da narrativa da “China maligna”

Agora compare tudo o que foi dito acima com aquele “pedaço de madeira” norueguês sentado em Bruxelas se passando por secretário-geral da OTAN, dizendo ao jornal porta-voz da CIA em Washington, num momento único de franqueza, que a Guerra da Ucrânia “não começou em 2022. A guerra começou em 2014”.

Portanto, aqui temos um vassalo imperial designado a admitir claramente que tudo começou com Maidan, o golpe arquitetado pelos EUA e supervisionado pela distribuidora de biscoitos judeu khazar Victoria “F**k the E” Nuland. Isto significa que a alegação da OTAN de uma “invasão” da Rússia, referindo-se à Operação Militar Especial (SMO) é absolutamente falsa do ponto de vista jurídico.

Está firmemente estabelecido que os “especialistas” propagandistas pre$$tituta$ pagas da idiocracia atlantista, praticando uma mistura incomparável de arrogância/ignorância, acreditam que podem escapar impunes de qualquer coisa quando se trata de demonizar a Rússia. O mesmo se aplica à sua nova narrativa sobre a “China maligna”.

Os académicos chineses com quem tenho a honra de interagir têm sempre o prazer de salientar que as narrativas pop imperiais e a programação preditiva são absolutamente inúteis quando se trata de confrontar Zhong Hua (“A Esplêndida Civilização Central”).

Isso porque a China, como descreve um deles, é dotada de uma “oligarquia aristocrática lúcida, decidida e implacável à frente do Estado chinês”, utilizando ferramentas de poder que garantem, entre outras questões, a segurança pública e a higiene dos seus cidadãos, de todos; a educação focada na aprendizagem de informações e habilidades úteis, e não na doutrinação; um sistema monetário sob controle; ativos físicos e capacidade industrial para fabricar coisas reais; redes diplomáticas, de cadeia de abastecimento, tecnocientíficas, econômicas, culturais, comerciais, geoestratégicas e financeiras de primeira classe; e infraestrutura física de primeira classe.

E, no entanto, desde pelo menos 1990, a grande mídia ocidental está obcecada em ditar que o colapso econômico da China, ou a sua “aterragem forçada”, é iminente.

Absurdo. Nas palavras de outro académico chinês: “A estratégia da China tem sido deixar os cães raivosos adormecidos e as máquinas mentirosas mentirem. Enquanto isso, deixe a China superá-los durante o sono e causar o fim do Império.”

Venenos, vírus, microchips

E isso traz-nos de volta ao Novo Grande Jogo: a OTAN [G-7] contra o Mundo Multipolar. Não importa a evidência fornecida pela realidade gráfica, a OTAN [G-7] está em modo seppuku avançado – especialmente o ensandecido setor Europeu e seus lacaios do hegemon – acredita realmente que vencerá a guerra contra a Rússia-China.

Quanto ao Sul Global/Maioria Global/”Globo Global”, eles são considerados inimigos. Portanto, as suas populações maioritariamente pobres deveriam ser envenenadas com fome, injeções experimentação genética , novos vírus modificados em laboratórios, microchips implantados como no BCI (Brain Computer Interface) e em breve na OTAN como equipamentos de “segurança” Global Robocop.

A chegada dos BRICS 11 já está desencadeando uma nova onda imperial de envenenamento mortal, a criação de novos vírus e de ciborgues robotizados, [além das ideologias liberais “acordadas”, LGBTQ+, Transgenerismo, pedofilia, corrupção, satanismo, mudanças climáticas, zero emissão de carbono, insetos como alimentos, não possuirmos nada e sermos felizes, et caterva].

O mestre imperial emitiu a ordem para “salvar” a indústria japonesa de frutos do mar – algumas sobras como troca para Tóquio agir como um cão raivoso na guerra imperial de chips contra a China, e obedientemente prometendo aliança na recente cúpula de Camp David lado a lado com os vassalos sul-coreanos.

Os vassalos da UE, em sincronia, suspenderam as regras de importação de alimentos do Japão, no momento em que as águas residuais radioativas de Fukushima deveriam ser bombeadas para o oceano. Este é mais um exemplo da UE continuar a cavar a sua própria sepultura – enquanto o Japão está prestes a sofrer uma reação negativa do tipo do tufão número dez.

A radiação de Fukushima assim espalhada por todo o mundo através das águas do Pacífico criará inúmeros pacientes com cancer em todo o mundo e, simultaneamente, destruirá a economia de várias pequenas nações insulares que dependem fortemente do turismo e da produção de frutos do mar.

Paralelamente, Sergey Glazyev, Ministro da Macroeconomia da Comissão Económica da Eurásia, parte da EAEU, tem sido um dos poucos alertadores sobre a nova fronteira transhumanista: a mania da Injeção de Nanotecnologia que se avizinha – algo bastante bem documentado em revistas científicas.

Citando o Dr. Steve Hotze, Glazyev em uma de suas postagens no Telegram explicou o que a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa-DARPA tem feito, injetando nanorrobôs na forma de óxido de grafeno e hidrogel” no corpo humano, criando assim uma interface entre os nanorrobôs e as células cerebrais. Tornamo-nos “um receptor e transmissor de sinais. O cérebro receberá sinais externos e você poderá ser manipulado mental e remotamente.”

Glazyev também se refere à promoção já frenética de “Eris”, uma nova variedade Covid, batizada pela OMS em homenagem à deusa grega da discórdia e da inimizade, filha da deusa da noite, Nykta.

Aqueles familiarizados com a mitologia grega saberão que a deusa Éris ficou bastante zangada porque não foi convidada para o casamento de Peleu e Tétis. Sua vingança foi plantar na festa uma maçã dourada dos jardins das Hespérides com a inscrição “Mais Bela”: essa foi a lendária “maçã da discórdia”, que gerou a Mãe de Todas as Brigas entre Hera, Atena e Afrodite. E isso acabou levando a nada menos que a Guerra de Tróia.

Na Sala Branca, com cortinas pretas

É tão previsível, vindo daquelas “elites” que comandam o espetáculo, nomear um novo vírus como um prenúncio de guerra de extermínio. Afinal de contas, a Próxima Guerra é extremamente necessária porque o Projeto Ucrânia revelou-se um enorme fracasso estratégico, com a humilhação cósmica da OTAN ao virar da esquina.

Durante a Guerra do Vietnã – que o império perdeu para um exército guerrilheiro camponês – o briefing diário no QG de comando em Saigon era ridicularizado por todos os jornalistas com um QI acima da temperatura ambiente como as “loucuras de Saigon”.

Saigon nunca se compararia ao tsunami de loucuras diárias oferecidas na guerra por procuração na Ucrânia por um banquete espalhafatoso e móvel na Casa Branca, no Departamento de Estado, no Pentágono, na sede da OTAN, na máquina Kafkiana de Bruxelas e noutros ambientes [hospícios] ocidentais. A diferença é que aquelas pre$$tituta$ que hoje se fazem passar por “jornalistas” são cognitivamente incapazes de compreender que estas são “loucuras” – e mesmo que o fizessem, seriam impedidos de as reportar ao público leitor.

Então é aí que o Ocidente coletivo está neste momento: num Quarto Branco, um simulacro da caverna de Platão retratada na obra-prima de Cream de 1968 , parcialmente inspirada em William Blake, invocando pálidos “cavalos prateados” e exaustos “tigres amarelos”. Todo o [Hospício do] Ocidente está esperando na sala da estação com cortinas pretas – e sem trens. Eles vão “dormir neste lugar com a multidão solitária” e “deitar-se no escuro onde as sombras fogem de si mesmas”.

Lá fora, no frio, a longa distância, sob a luz do sol, longe das sombras em movimento, através de estradas feitas de seda e ferro, os Cavalos Celestiais (Tianma) do novo mundo multipolar galopam galantemente de rede em rede, de Cinturão e Rota até a Eurásia e a Ponte Afro-Eurásia, da intuição à integração, da emancipação à soberania e à amizade entre os povos.

Pepe Escobar, nascido no Brasil, é correspondente e editor geral do Asia Times e colunista do Consortium News and Strategic Culture. Desde meados da década de 1980 viveu e trabalhou como correspondente estrangeiro em Londres, Paris, Milão, Los Angeles, Singapura, Bangkok. Ele cobriu extensivamente o Paquistão, o Afeganistão e a Ásia Central, a China, o Irã, o Iraque e o Oriente Médio em geral. Pepe é o autor de Globalistão – Como o mundo globalizado está se dissolvendo em uma guerra líquida; Red Zone Blues: um instantâneo de Bagdá durante a onda. Ele foi editor colaborador de The Empire and The Crescent e Tutto in Vendita na Itália. Os seus dois últimos livros são Empire of Chaos e 2030. Pepe também está associado à Academia Europeia de Geopolítica, com sede em Paris. Quando não está na estrada, ele mora entre Paris e Bangkok. Ele é um colaborador regular da Global Research.


“O medo é a emoção predominante das massas que ainda estão presas no turbilhão da negatividade da estrutura de crença da (in)consciência das massas. Medo do futuro, medo da escassez, do governo, das empresas, de outras  crenças religiosas, das raças e culturas diferentes, e até mesmo medo da ira divina. Há aversão e medo daqueles que olham, pensam e agem de modo diferente (os que OUVEM e SEGUEM a sua voz interior), e acima de tudo, existe medo de MUDAR e da própria MUDANÇA.” – Arcanjo Miguel


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