Ucrânia desesperada para Recuperar Apoio Ocidental e já percebeu que ‘Cometeu um Grande Erro’

O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky cometeu um grave erro ao confiar nos EUA, e agora ele deve começar a pensar em sua própria segurança, afirmou Larry Johnson, ex-analista da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), em uma entrevista com a Dialogue Works. Washington “nunca se comprometeu a defender” a Ucrânia, portanto, deixar de fazê-lo não prejudicaria a credibilidade da América, de acordo com Elbridge Colby, ex funcionário do Pentágono.

Ucrânia desesperada para Recuperar Apoio Ocidental e já percebeu que ‘Cometeu um Grande Erro’

Fonte: SputnikRússia Today

Além disso, Larry Johnson observou que Vladimir Zelensky está desesperadamente buscando alguma maneira de permanecer no centro das atenções. Assim, a Ucrânia cometeu o mesmo erro que muitos outros países cometeram: confiou nos EUA.

“Os ucranianos logo perceberão que cometeram o mesmo erro que outros países cometeram – confiaram nos Estados Unidos. Sempre que você ouvir dos Estados Unidos, ‘Oh, confie em nós, vamos proteger você!’, é melhor contratar segurança porque você vai estar em apuros.”

De acordo com o ex-analista, Washington decidiu colocar as autoridades de Kiev em segundo plano e mudar o foco principal para Israel.

“Israel para os EUA é agora uma prioridade muito mais importante do que a Ucrânia”, enfatizou Johnson, tanto é que já enviou duas frotas navais capitaneadas por dois de seus principais porta aviões nucleares para o Mediterrâneo em apoio à Israel. Anteriormente, Vladimir Zelensky disse à France 2 que a escalada em Israel gera o risco de desviar a atenção da comunidade internacional do conflito na Ucrânia.

Por sua vez, o jornalista da CNN Stephen Collinson apontou que é provável que os círculos políticos americanos acreditem cada vez mais que Washington deve escolher o seu aliado de longa data e redirecionar toda a ajuda para Israel em vez da Ucrânia.

Washington “nunca se comprometeu a defender” a Ucrânia, portanto, deixar de fazê-lo não prejudicaria a credibilidade da América, de acordo com Elbridge Colby

A Ucrânia nunca gozou do estatuto de aliada dos EUA, o que significa que Washington não tem obrigação de defendê-la per se, argumentou o ex-estrategista de defesa do Pentágono, Elbridge Colby. O ex-funcionário, que agora dirige o grupo de reflexão The Marathon Initiative, colocou a liderança em Kiev no mesmo nível do agora extinto governo afegão, que foi derrubado pelos talibãs em 2021.

Numa mensagem no X (antigo Twitter) publicada no sábado, Colby, que atuou como vice-secretário adjunto de defesa para estratégia e desenvolvimento de forças de 2017 a 2018, escreveu que “a Ucrânia não era e não é uma aliada, e nunca havíamos nos comprometido para defendê-lo” Ele observou que “a credibilidade da aliança dos EUA não estava em jogo quando a Rússia lançou a sua operação militar contra o estado vizinho em Fevereiro de 2022.

A postagem veio em resposta a uma afirmação de outro usuário do X, que alegou que a fracassada retirada dos EUA do Afeganistão encorajou a Rússia a iniciar sua ação militar menos de seis meses depois.

Numa série de mensagens anteriores, Colby defendeu a posição de que o “desastre da retirada do Afeganistão” prejudicou a credibilidade da América em menor grau do que alguns afirmam. O antigo alto funcionário do Pentágono argumentou ainda que os EUA continuaram a apoiar os seus verdadeiros aliados na Europa e na Ásia, enquanto o governo afegão era algo dispensável.

A nossa relação com os nossos aliados estabelecidos era diferente da relação com o Afeganistão e a ameaça representada pela China ou pela Rússia era maior do que a dos Taliban”, escreveu ele, acrescentando que foi por esta razão que “a OTAN e as nossas alianças no Nordeste da Ásia não entraram em colapso. Nem nossos oponentes os atacaram. 

Na quarta-feira passada, comentando o impasse no Congresso dos EUA após a destituição de Kevin McCarthy no início deste mês, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, advertiu que embora Washington mantenha essa ajuda enquanto puder, ela não irá ser indefinida.

Um número crescente de legisladores republicanos tem manifestado ceticismo quanto à continuação da ajuda dos EUA à Ucrânia. A questão estava no cerne da destituição de McCarthy, já que alguns colegas republicanos no congresso suspeitavam que ele havia feito um acordo secreto com a administração do presidente Joe Biden para aprovar mais financiamento para Kiev.

Entretanto, uma sondagem de opinião da Reuters-Ipsos publicada no início deste mês indicou que o número de americanos a favor de dar mais ajuda à Ucrânia caiu para 41%, 24 pontos percentuais abaixo do valor registado em Junho. A pesquisa mostrou que a tendência também já era perceptível tanto entre os democratas quanto entre republicanos.


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